Terça-feira, Outubro 15

Líder da Iniciativa Liberal dá exemplos das suas reuniões e de como o primeiro-ministro abordava as linhas vermelhas e o “não é não”

O presidente da Iniciativa Liberal está convicto de que o Chega nunca teve propostas de acordo para viabilizar o Orçamento do Estado para 2025 ou sequer para poder vir a integrar um governo da Aliança Democrática (AD).

Em entrevista na CNN Portugal, Rui Rocha disse que há divergências entre ambas as partes, revelando que nas reuniões que teve com o primeiro-ministro as linhas vermelhas eram sempre referidas.

“A questão da linha vermelha, do não é não, era uma questão permanente e irrevogável, esta sim irrevogável, na visão do primeiro-ministro”, afirmou, com uma clara farpa ao presidente do Chega, André Ventura, que já se apresentou com uma posição irrevogável em relação ao Orçamento do Estado, para depois ter voltado atrás e admitir que poderia negociar a proposta.

Rui Rocha entende que é a sua “obrigação cívica” preservar as instituições, acusando André Ventura de utilizar “falsidade” quando se refere à possibilidade da proposta de um acordo por parte de Luís Montenegro.

O líder da Iniciativa Liberal ressalva ainda outra questão: “Quando alguém acusa outra pessoa de mentir, e foi o que André Ventura fez, deve apresentar provas. Quando se foge à apresentação de provas dá uma indicação clara de que aquilo se disse não corresponde à realidade”.

Rui Rocha desafiou, assim, o presidente do Chega a apresentar provas para que se possa concluir que Luís Montenegro mentiu ao país. “Com o que tenho na mão entendo que André Ventura está a mentir”, sublinhou, garantindo que não se trata de defesa do primeiro-ministro, mas antes de um dever institucional para que exista uma relação adequada entre as pessoas e a política.

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