Técnico garante que não vai “buscar nenhum jogador do Sporting em janeiro” e rejeita despedidas, lembrando que ainda tem dois jogos pela frente – Manchester City e SC Braga
Rúben Amorim revelou esta sexta-feira que, quando soube das negociações com o Manchester United, pediu para sair do Sporting só no final da época, pedido que não lhe foi concedido.
“O único pedido que eu fiz foi que fosse no final da época, estive três dias a pedir isso. Foi-me dito que não era possível, que era agora ou nunca e que, se não, iria buscar-se outra opção”, afirmou, em declarações aos jornalistas, em conferência de imprensa, no Estádio de Alvalade, acrescentando que lhe foram dados “três dias para tomar uma decisão que muda radicalmente” a sua vida.
O técnico indicou que já houve “outras ocasiões” em que recebeu propostas de outros clubes. “Não é a primeira vez que tenho a cláusula paga por um clube”, afirmou. Desta vez, porém, foi abordado pelo clube que realmente queria. “Eu sabia que, daqui a sete meses, se o rejeitasse, não o iria ter, e daqui a seis meses eu sabia que iria sair do Sporting”, disse, depois de admitir que no início da época tinha estabelecido com Frederico Varandas e Hugo Viana que esta seria a sua última época em Alvalade.
“Chega a um ponto em que tenho de dar um passo em frente na carreira e foi isso que aconteceu”, justificou, confessando que temia chegar ao final da época sem clube e invadido por um sentimento de “arrependimento”. “Custa-me mais a mim do que a qualquer sportinguista, só que tive de o fazer”, declarou.
Confrontado com os pedidos dos adeptos para que não leve consigo o avançado Viktor Gyökeres, que hoje assinou o primeiro ‘póquer’ da carreira, frente ao Estrela da Amadora, Rúben Amorim garantiu que não vai buscar “nenhum jogador do Sporting em janeiro”.
“O Gyökeres custa 100 milhões e é muito difícil. Não vou buscar nenhum jogador do Sporting em janeiro. Mas isso é uma questão para se resolver depois”, respondeu.
Questionado sobre o que significa para si o Sporting, agora que está de saída, o técnico reitera que “foi a melhor fase” da sua vida, mas remete as despedidas para depois dos jogos que ainda lhe restam à frente dos leões. “Ainda temos jogo com o City e temos de ir a Braga ganhar para mantermos o primeiro lugar, portanto não vou fazer uma despedida aqui.”