Análise
A análise aos resultados das eleições de 9 de março no Expresso da Manhã com Paulo Baldaia.
Os resultados das eleições Europeias, em que os resultados mais evidentes foram a derrota do Chega e a vitória curta do PS, podem acabar por contribuir para gerar uma maior estabilidade na política nacional. Quem o diz é Paulo Baldaia numa análise aos resultados das eleições europeias no Expresso da Manhã.
Para o comentador da SIC, com estas eleições ficou claro que “não compensa a nenhum partido provocar uma crise política que leve a eleições antecipadas” porque “nenhum dos partidos ganharia com isso”, apenas “reforçaria a fragmentação”.
Convicto que o Chega foi o principal derrotado das eleições do passado domingo, dia 9, Paulo Baldaia garante que a derrota do partido de André Ventura teve dois motivos evidentes:
Não só a “abstenção do eleitorado do Chega” como também o facto do “Chega estar a apoiar propostas do Partido Socialista”, o que pode ser considerado por muitos eleitores como uma “traição ao seu voto”.
Ao contrário daquilo que Pedro Nuno Santos disse, o comentador da SIC não acredita que o resultado das eleições e a vitória do PS seja uma demonstração da insatisfação dos portugueses porque se não os resultados não teriam sido “tão fragmentados”. No entanto, para Paulo Baldaia é realmente preciso mais “humildade” por parte da AD e mais negociações.
Com estas eleições, segundo o comentador, os portugueses demonstraram que “pedem mais da AD, mas também mais da oposição” e “o próprio Chega terá de redefinir a sua estratégia porque não vai poder continuar em confronto constante com a AD”.
“Como diz o Ricardo Costa no podcast do Expresso da Manhã de hoje ganhámos todos dois anos, no sentido em que é agora mais provável a aprovação de um orçamento, o que significa que a partir de Setembro do ano que vem o Presidente da República já não vai poder dissolver a Assembleia, portanto, todo esse tempo é tempo para o Governo da AD governar e a oposição afirmar politicamente a sua alternativa”, afirmou o comentador.
