Segunda-feira, Outubro 28

Psicólogos e diretores escolares explicam a indecisão pela falta de autoconhecimento e de incentivos para os estudantes seguirem as vocações. 

Os dados de um inquérito feito a estudantes do ensino secundário em 2022/2023 revelam que quase metade dos alunos não faz ideia em que gostaria de trabalhar aos 30 anos.  

“Chegam ao 9.º ano e nunca pensaram nesta temática”, constata Isabel Vilaça, psicóloga da Escola Secundária João Gonçalves Zarco. “É importante falarmos com eles e criarmos oportunidades para eles se conhecerem.” 

Segundo o jornal Público, na balança do curso a seguir pesa mais o mercado de trabalho do que a vocação de cada um.No inquérito feito aos alunos, apenas 23% disse ter escolhido o curso por ser aquilo que quer mesmo seguir. 

Sara Vieira, aluna do 10.º ano, admite que, à semelhança de muitos colegas, ainda está indecisa.  

“Nós somos muito novos e, apesar de ser crucial começar já a definir objetivos para o nosso futuro, é muito difícil limitarmo-nos já, porque há imensas coisas que gostaríamos de fazer”, nota. 

Com um leque de opções cada vez mais extenso, psicólogos e diretores acreditam que falta uma pitada de incentivo para os estudantes descobrirem o mundo que os rodeia. 

“Faltam incentivos e garantias de que, no futuro, as condições remuneratórias serão aceitáveis e lhes permitirão ter uma vida digna”, admite José Ramos, diretor da Escola Secundária João Gonçalves Zarco. 

A indecisão sobre o futuro profissionalpercorre os corredores das escolas. As maiores preocupações centram-se na incerteza da empregabilidade edas condições remuneratórias.

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