Segunda-feira, Outubro 14

A socialista Ana Gomes mostrou-se de acordo com Pedro Nuno Santos, considerando que os comentadores do Partido Socialista (PS) têm a “responsabilidade” de “garantir que a mensagem” do partido é “coerente”. 

 

Ana Gomes comentava assim os ‘recados’ deixados no último fim de semana pelo secretário-geral do PS, que defendeu que os militantes do partido “não são comentadores como os outros”, convidando-os a “descerem do pedestal”. Pedro Nuno Santo pedia assim ao partido para se apresentar “unido”, numa altura em que a divisão é clara quanto à viabilização do Orçamento do Estado para 2025 (OE2025). 

“Ele tem a quem se dirigir, mas não é a mim com certeza, porque eu não faço parte de nenhum órgão do partido”, defendeu a comentadora, referindo ainda que, quando se verificava essa situação, “dizia lá dentro o que dizia cá fora”

Há, de facto, pessoas, que não dizem lá dentro e vêm dizer cá para fora. É para eles que, obviamente, Pedro Nuno está a falar. Têm a responsabilidade de, efetivamente, garantir que a mensagem do partido é coerente e que, sobretudo, não reduzem a margem negocial do partido”, defendeu. 

A antiga diplomata lembrou que “estamos no meio de uma negociação muito importante para o país, que é sobre o Orçamento do Estado” e que só na última se conheceu o documento. “Agora é que se pode ir analisar e identificar aquilo que é grave, que tem de ser eliminado, expurgado, ou que se deixa ficar ou que se pode melhorar”, notou. 

“Penso que é esse o trabalho que se pede a um partido responsável da oposição como o PS”, completou.

De realçar que, no fim de semana, Pedro Nuno Santos referiu que liderar a oposição política, neste momento, é “um processo complexo”, defendendo, por isso, um partido que se tem de apresentar “unido publicamente”.

“O combate é difícil, mas o PS só estará à altura dele se cada um assumir as responsabilidades de intervir a uma só voz publicamente”, apelou.

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