Terça-feira, Outubro 22

Estas são algumas das recomendações preliminares para apoiar decisores políticos na aplicação do regulamento europeu de IA (AI Act) que foram apresentadas na Conferência Bridge AI, que decorreu no sábado, em Lisboa.

 

Coordenado pelo INESC-ID em colaboração com a Fundação Champalimaud e a Unbabel, as conclusões do Bridge AI visam “colocar Portugal na vanguarda” da regulação da IA.

Entre outras medidas, o projeto sugere o desenvolvimento de programas que “promovam o intercâmbio entres profissionais de várias áreas na sociedade e especialistas em IA” e o repensar as Zonas Livres Tecnológicas “para estarem mais alinhadas com outros modelos europeus, obedecendo a lógicas verticais e não geográficas”.

A criação de “‘red teams de AI'”, especialistas que testem os produtos, avaliem os seus riscos e identifiquem as principais necessidades dentro da sua organização para manter a AI segura, com o intuito de proteger o utilizador final”, é outra das recomendações.

“Para chegar a estas conclusões preliminares, o projeto Bridge AI — comprometido a criar pontes entre o mundo académico, empresarial e o setor público para refletir sobre as implicações do AI Act –, promoveu uma metodologia de trabalho em grupo com especialistas nacionais e internacionais de referência que, ao longo de 2024, refletiram sobre os principais temas éticos, jurídicos, de literacia, e outros aspetos práticos da implementação da regulação” da IA, lê-se no comunicado.

O Bridge AI nasceu da vontade de três jovens gestores de ciência: António e Nuno André, da Unbabel, e Joana Lamego, da Fundação Champalimaud, num projeto liderado por Helena Moniz.

Constituído em 2023 e coordenado pelo Instituto de Engenharia de Sistemas e Computadores – Investigação e Desenvolvimento (INESC-ID), o projeto Bridge AI envolve dezenas de parceiros, entre os quais a Fundação Champalimaud e a Unbabel, o Alan Turing Institute e membros do AI Advisory Board das Nações Unidas e das Nações Unidas.

O projeto tem cinco grupos de trabalho: instrumentos de avaliação de risco; ética da IA nos processos de regulamentação; implementação do IA Act; formação avançada e literacia em IA; e iniciativas fora da UE.

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