Quarta-feira, Janeiro 8

“Os pedidos de importação de carne de frango e produtos de aves provenientes de zonas com surtos de gripe aviária não serão aprovados”, afirmou o Instituto dos Assuntos Municipais (IAM) de Macau.

Em comunicado, o IAM afirma estar preocupado com os surtos de gripe aviária registados não só em Portugal, mas também na Hungria e na Coreia do Sul.

O instituto prometeu “continuar a controlar rigorosamente os alimentos frescos importados e vendidos em Macau através de um mecanismo eficaz de inspecção de importação e de quarentena”.

Horas antes, a vizinha Hong Kong também tinha anunciado uma proibição “para proteger a saúde pública”, na sequência de uma notificação da Organização Mundial da Saúde Animal.

O território importou de Portugal cerca de 110 toneladas de carne de frango congelada nos primeiros nove meses de 2024, segundo dados oficiais citados num comunicado do Centro de Segurança Alimentar (CFS).

O CFS disse que já contactou as autoridades portuguesas e que irá acompanhar “de perto” a situação e as informações emitidas pela Organização Mundial da Saúde Animal.

“Medidas apropriadas serão tomadas em resposta à situação em desenvolvimento”, disse o comunicado.

A gripe aviária foi detetada numa exploração de galinhas poedeiras em Sintra, Lisboa, e foram aplicadas medidas de controlo e erradicação, anunciou esta segunda-feira a Direção-Geral de Alimentação e Veterinária (DGAV).

“No dia 3 de janeiro foi confirmado um foco de infeção por vírus da gripe aviária de alta patogenicidade (GAAP) numa exploração de galinhas poedeiras, no concelho de Sintra, distrito de Lisboa”, lê-se numa nota da DGAV.

As medidas de controlo e erradicação já foram implementadas e incluem a fiscalização do local onde a doença foi detectada, o abate dos animais infectados e a limpeza das instalações.

Também foram impostas restrições à circulação e estão a ser monitorizadas explorações com aves em áreas restritas (num raio de 10 quilómetros em torno do foco).

A DGAV solicitou ainda a todos os operadores que reportem qualquer suspeita de doença, destacando que a deteção precoce de surtos “é essencial para a rápida implementação de medidas de controlo”.

A Direção-Geral da Saúde (DGS) informou que não há registo de pessoas com sintomas ou sinais sugestivos de infeção humana pelo vírus H5N1, detetado na exploração de frangos do concelho de Sintra.

Em comunicado, a DGS destacou que a transmissão deste vírus ao ser humano “é um acontecimento raro”, registando-se casos esporádicos a nível global, e que “o vírus não se transmite através do consumo de carne”.

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