Terça-feira, Novembro 5

Grupo Missão Escola Pública contesta a “inércia deste Governo para resolver com medidas estruturais a falta de professores na Escola Pública”

O movimento cívico de professores Missão Escola Pública (MEP) acusa o Ministério de Fernando Alexandre de “inércia” para resolver os problemas da Educação em Portugal. O grupo diz que são necessárias medidas estruturais e que é necessário implementá-las “agora”, para resolver o problema da falta de professores nas escolas públicas. Ameaçam mesmo voltar “às ruas”, caso nada seja feito.

Num comunicado enviado às redações, o movimento deixa alguns exemplos: “Revisão das tabelas salariais dos professores, valorizando-se todos os escalões e não apenas os iniciais; Discussão ampla e imediata do Estatuto da Carreira Docente com os sindicatos, no menor intervalo de tempo, por forma a serem alteradas todos os aspetos geradores de insatisfação e abandono precoce da profissão (ADD, modelo de gestão, excesso de burocracia, indisciplina crescente e a perceção da realidade de que têm pouca ou nenhuma participação na Escola, entre outros)”. O MEP sublinha ainda que “o novo estatuto deverá ser implementado já no próximo ano letivo, uma vez que os problemas estão todos identificados”.

“Acreditar que colocar o ónus do suprimento das necessidades daí decorrentes nos poucos professores que se encontram no sistema é de uma completa ausência de noção do real, e de uma desumanidade alarmante, porque estes se encontram exaustos e no pleno direito do gozo dos benefícios daí decorrentes, nomeadamente a possibilidade de não aceitação de horas extraordinárias e o justo tempo da sua reforma, sem sentir o peso que este Governo coloca nos seus ombros de estar a falhar à Escola Pública, caso não respondam ao seu apelo”, sublinham ainda.

“Aceitar baixas qualificações para a docência e profissionais não qualificados para o efeito, alargar o horário de trabalho dos mesmos, reduzir a carga horária das disciplinas ou aumentar o número de alunos por turma também não podem ser a solução para o problema”, acrescentam.

Os professores afetos ao movimento Missão Escola Pública dizem-se “cada vez mais cansados da morte a que a Escola Pública tem sido votada”, “fartos dos vampiros” e “dos falsos profetas”. E asseguram que, se nada for feito, vão voltar às ruas, apelando ainda aos sindicatos que “não adormeçam e adotem ações que reflitam toda a angústia e indignação de uma classe”.

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