Segunda-feira, Outubro 7

Dezenas de mulheres foram colocadas em casas e forçadas a prostituir-se 24 horas por dia, sob ameaças e recurso a violência física – servindo os dois agentes da PSP ao serviço da Polícia Municipal, que se deslocavam fardados aos locais onde as vítimas eram forçadas a prostituir-se, como forma de intimidação e coação sobre as mesmas para que cumprissem as ordens que recebiam

Os dois agentes da PSP colocados na Polícia Municipal de Lisboa que foram apanhados num esquema de tráfico de seres humanos com vista à exploração sexual vão ficar presos preventivamente, confirmou a CNN Portugal.

Os suspeitos, indiciados por tráfico de seres humanos e lenocínio agravado, vão cumprir as medidas de coação no Estabelecimento Prisional de Évora, determinou o juiz de instrução criminal esta segunda-feira.

Quanto à mulher brasileira também envolvida na rede de prostituição desmantelada pela PSP, vai igualmente ficar em prisão preventiva, a cumprir no Estabelecimento Prisional de Tires.

Dezenas de mulheres foram colocadas em casas e forçadas a prostituir-se 24 horas por dia, sob ameaças e recurso a violência física – servindo os dois agentes da PSP, que se deslocavam fardados aos locais onde as vítimas eram forçadas a prostituir-se, como forma de intimidação e coação sobre as mesmas para que cumprissem as ordens que recebiam.

Foram feitas buscas nas instalações da Polícia Municipal de Lisboa e em vários locais do país, com a participação de vários magistrados, também com a detenção de uma mulher que se dedicava à exploração de várias vítimas provenientes do Brasil.

“A investigação identificou uma estrutura que explorava mulheres para a prostituição, submetendo-as a condições degradantes e desumanas, obrigando-as a trabalhar de forma quase permanente, limitando a sua liberdade e autodeterminação”, explicou na altura da detenção a PSP.

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