Segunda-feira, Outubro 7

O Tribunal de Instrução Criminal de Lisboa decidiu aplicar a medida de coação mais gravosa, a prisão preventiva, a três suspeitos do processo, entre eles dois agentes da Polícia Municipal de Lisboa.

Os três detidos suspeitos de integrar uma rede de exploração de mulheres para prostituição em Lisboa, dois dos quais polícias municipais, ficaram esta segunda-feira em prisão preventiva, disse à Lusa fonte judicial.

De acordo com a fonte, após primeiro interrogatório judicial, o Tribunal de Instrução Criminal de Lisboa decidiu aplicar a medida de coação mais gravosa, a prisão preventiva.

O interrogatório começou na quinta-feira, tendo sido interrompido no final do dia, para ser retomado na sexta-feira. Já na sexta-feira ao final da tarde, o interrogatório foi novamente interrompido e recomeçou hoje.

Na quinta-feira, o Comando Metropolitano de Lisboa da PSP anunciou que três pessoas entre os 40 e 45 anos foram detidas e duas constituídas arguidas no âmbito deste caso de crimes de tráfico de seres humanos e lenocínio agravado, que envolve dois agentes da Polícia Municipal de Lisboa.

Fonte policial adiantou na altura à Lusa que os três detidos são os dois agentes e a mulher que geria o espaço, na zona do Chiado.

Segundo a investigação, referiu ainda a fonte, os dois polícias deslocavam-se ao local, muitas vezes fardados, para exercer algum tipo de pressão e intimidação junto das vítimas, para que colaborassem.

De acordo com o comando metropolitano, a investigação decorre “há cerca de um ano e meio” e permitiu identificar uma estrutura que “explorava mulheres para a prostituição, submetendo-as a condições degradantes e desumanas, obrigando-as a trabalhar de forma quase permanente, limitando a sua liberdade e autodeterminação”.

Nesta estrutura, a mulher que geria o negócio “contava com diversos colaboradores”, quer no espaço utilizado para a prostituição, quer como rede de apoio.

Na quarta-feira foram realizadas buscas domiciliárias, na zona da Grande Lisboa e no Algarve, que tinham como objetivo recolher indícios da prática dos crimes.

Segundo a PSP, foram realizadas sete buscas domiciliárias – seis às residências dos suspeitos e uma ao local utilizado para a prática da prostituição – e foram cumpridas ainda buscas na Polícia Municipal de Lisboa, local de trabalho dos dois profissionais investigados.

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