Quinta-feira, Outubro 17

Em entrevista ao jornal Público e à Renascença, o atual presidente da Associação Portuguesa de Bancos, Vítor Bento, garante que não se arrepende de ter assumido a liderança do BES meses antes da queda da instituição bancária.

Reconhece ainda que o resultado do trabalho por si desenvolvido no banco não foi o que esperava:

“Gostava de ter tido as condições de fazer aquilo que achava que devia ter sido feito e que, de certa forma, me tinha sido dada essa expetativa.”

Sobre o julgamento do processo BES, que arrancou esta semana, refere apenas que espera “que a Justiça funcione”.

Cartel da banca? “Não existe nada disso”

Vítor Bento sublinha também que hoje em dia “não existe nada disso”, referindo-se ao Cartel da Banca. Mas que garantias é que os clientes têm que práticas semelhantes já não são levadas a cabo? “Todas as garantias”, assegura.

“Aquilo que conheço, até por prática da própria associação (de bancos), é que na associação não se discute absolutamente nada que tenha que ver com política comercial dos bancos, é um tabu”, garante.

Em setembro, o Tribunal da Concorrência manteve as coimas de 225 milhões de euros aplicadas a 12 bancos que operam em Portugal, um valor que havia sido estipulado pela Autoridade da Concorrência em 2019, no âmbito do processo Cartel da Banca.

O tribunal condenou a Caixa Geral de Depósitos ao pagamento de 82 milhões de euros, o Banco Comercial Português de 60 milhões, o Santander Totta de 35,65 milhões, o BPI de 30 milhões, o Montepio de 13 milhões, o BBVA de 2,5 milhões, o BES de 700.000 euros, o Banco BIC (por factos praticados pelo BPN) em 500.000 euros, a Caixa Central de Crédito Agrícola em 350.000 euros, a Union de Créditos Inmobiliários de 150.000 euros.

Compartilhar
Exit mobile version