Quarta-feira, Outubro 23

A feira, que se realiza em Wolfsburgo, sede da Volkswagen, “ultrapassa a sua área geográfica” e tem nesta 12.ª edição “desafios importantes”, reconhece Pedro Carvalho, diretor da Associação de Fabricantes para a Indústria Automóvel (AFIA).

 

Os desafios “foram criados por alguma política europeia dos últimos anos, bem intencionada, em vários campos da sustentabilidade. Há alguma diferença entre o que foram consideradas as políticas estratégicas para o setor automóvel e a necessidade real de mobilidade dos clientes”, reconheceu, em declarações à agência Lusa.

A crise na Volkswagen, que ameaça fechar fábricas na Alemanha e demitir milhares de trabalhadores, não desencoraja as empresas portuguesas.

“Estamos positivos, esperançados de que se vão encontrar sistemas de ajustamento e de que se vai articular a indústria, as políticas europeias à necessidade do cliente final”, sustentou Pedro Carvalho, realçando que a “turbulência” que está a surgir neste momento abrange “vários construtores” da Europa.

“As empresas portuguesas têm de procurar estas feiras, e já o vêm a fazer há muito tempo, para garantir que estão nas opções de compra dos nossos clientes (…) numa altura de turbulência, o mais importante é as empresas portuguesas participarem nestes certames”, sublinhou.

A IZB realiza-se a cada dois anos em Wolfsburgo, cidade da Baixa Saxónia, onde cerca de metade dos habitantes, à volta de 60 mil, trabalham para a Volkswagen. A feira surgiu precisamente por iniciativa da empresa automóvel, mas Pedro Carvalho garante que já ultrapassou a sua “área geográfica”.

Portugal participa este ano pela quarta vez com a presença mais forte em número de empresas, 16, e de espaço, cerca de 200 metros quadrados.

As vendas para a Europa concentram 88,3% das exportações de componentes automóveis, de acordo com dados da AFIA. A Alemanha é o segundo principal destino com uma quota de 24,1%. Entre janeiro e agosto as exportações com destino à Alemanha subiram 3,3% contrariando a tendência geral.

A IZB termina na quinta-feira. A presença portuguesa é coordenada pela AFIA e pela Associação Empresarial de Portugal (AEP). A Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal (Aicep) participa pela primeira vez, com um mini-stand informativo de modo a ter acesso às plataformas digitais para expositores, com o intuito de angariar novos investidores para Portugal.

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