Quarta-feira, Dezembro 18

“A população residente em Portugal, em 31 de dezembro de 2023, era estimada em 10.639.726 habitantes, o que significou um aumento de 1,16% face ao valor do ano anterior”, destacou o INE nos Anuários Estatísticos Regionais.

O INE justificou o aumento da população residente no ano passado como resultado “da combinação de uma variação positiva da componente migratória (1,47%) e de uma diminuição da componente natural (-0,31%)”.

A mesma fonte afirmou que a população residente aumentou em “25 das 26 sub-regiões NUTS III do país” entre 2022 e 2023, sendo a única exceção o Alto Alentejo, que sofreu uma diminuição populacional de 0,21%.

Em sentido contrário, o Oeste (2,43%) e a Região de Aveiro (2,08%) foram aqueles que registaram as maiores taxas de crescimento efetivo da população residente.

“Em 251 dos 308 municípios do país (81%) houve crescimento populacional, nomeadamente nos municípios situados na faixa litoral do Continente e na Região Autónoma da Madeira”, destacou ainda o INE.

O Instituto responsável pelas estatísticas em Portugal destacou que o aumento da população foi registado em todos os municípios que compõem as sub-regiões da Grande Lisboa, Península de Setúbal e Região Autónoma da Madeira, onde se situa o município com maior crescimento populacional (Porto Santo, com 3,70%).

O INE contrapôs que 56 municípios apresentam taxas de crescimento efetivo negativo da população, a maioria dos quais localizados no interior Norte e Alentejo, região que alberga o município com a taxa mais baixa de Portugal (Barrancos, com menos de 1,87%). .

A tendência registada na componente migratória “estendeu-se a todas as sub-regiões NUTS III do país”, refere o INE, apontando as sub-regiões Oeste (2,79%), Região de Aveiro (2,41%), Médio Tejo (2,17%), O Alentejo Litoral (2,15%) e a Região de Leiria (2,03%) foram as que mais contribuíram para o aumento da população residente.

“A componente natural do crescimento populacional registou diminuições em todas as sub-regiões NUTS III do país, com exceção da Grande Lisboa, onde se registou um ligeiro aumento de 0,02%”, afirmou o Instituto Nacional de Estatística, destacando que as principais quedas foram sentida no Alto Tâmega e Barroso, com menos 1,20%, e na Beira Baixa, com menos 1,18%.

Os anuários reflectem ainda um aumento do índice de envelhecimento populacional de 184,4 em 2022 para 188,1 em 2023, esclarecendo que este indicador “é medido pelo rácio entre a população idosa (65 ou mais anos) e a população jovem (até 14 anos). )”.

O índice de envelhecimento por sub-regiões NUTS III mostra que “em 2023, o envelhecimento foi mais intenso no Interior do Continente, com particular destaque para Alto Tâmega e Barroso, Terras de Trás-os-Montes, Beira Baixa e Beiras e Serra da Estrela, onde o número de idosos por 100 jovens era superior a 300”.

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