Sábado, Setembro 21

Segundo um comunicado do exército, citado pela agência Efe, os confrontos têm vindo a intensificar-se nos últimos dias em três distritos da região de Chittagong, depois de um homem ter sido linchado na terça-feira, na sequência do roubo de uma mota, dando origem a manifestações que exigiram a detenção dos responsáveis.

 

De acordo com a mesma informação, uma marcha composta maioritariamente por bengalis foi atacada por membros da Frente Democrática Popular Unida (UPDF), um partido político étnico com fações armadas no sudeste do país, num incidente que resultou em seis feridos.

Este facto fez aumentar as tensões, que provocaram incêndios em mais de uma centena de lojas e estabelecimentos comerciais em várias localidades, na sua maioria pertencentes a minorias étnicas, segundo o órgão de comunicação social do Bangladesh The Daily Star, que estima em mais de meia centena o número de feridos nos tumultos que se seguiram.

Num desses confrontos, na quinta-feira à noite, as forças armadas declararam ter matado três elementos da UPDF que tinham disparado contra um grupo de soldados, durante um tiroteio.

O governo provisório do Bangladesh divulgou sexta-feira uma declaração apelando à calma e afirmou que uma delegação executiva de alto nível se deslocaria hoje à região afetada para avaliar a situação.

Além disso, foi imposta, entre outras medidas, a proibição de ajuntamentos de mais de três pessoas.

Em comunicado, a Amnistia Internacional apelou ao governo do Bangladesh para que pusesse termo à violência que opôs “colonos bengalis e a comunidade indígena” e para que investigasse os responsáveis pelos ataques.

A região sul de Chittagong alberga várias minorias étnicas que protestam contra a instalação de colonos de maioria bengali em zonas que reivindicam como suas, dando origem a disputas esporádicas.

Leia Também: ONU investiga repressão de protestos estudantis no Bangladesh

Compartilhar
Exit mobile version