Domingo, Março 16

Os dois aterros sanitários na região do Algarve, localizados nas áreas de Cortelh (Loulé) e Rasmalho (Portimão), estão em uma situação “crítica”, com sua capacidade de se esgotar até 2026 ou, se for realizado trabalho, até 2030.

Emínio Sousa, que falava em Lisboa na apresentação de um plano de ação para resíduos, alertou que, dos 35 aterros no país, apenas 13 têm capacidade disponível mais de 20% e que alguns podem ser esgotados em dois anos se não forem tomadas medidas urgentes.

O governador também destacou que a expansão dos aterros de aterros enfrenta a resistência da população, dificultando a construção de novas estruturas.

O plano de ação de resíduos é uma questão que o Secretário de Estado considerou urgente para abordar e para o qual há um investimento estimado de 2,1 bilhões de euros até 2030, 700 mil dos quais resultarão nos vários programas de financiamento.

A apresentação do Plano de Terra, a transformação eficiente dos resíduos em recursos naturais, foi feita no Ministério do Meio Ambiente e Energia, com a ministra Maria da Graça Carvalho, lembrando que 5,338 milhões de toneladas de resíduos urbanos são produzidos anualmente em Portugal, mais de países como a Itália, a Holanda ou a Espanha.

E 59% desse resíduo vai para aterros sanitários, o que não apenas compromete a capacidade de resposta, mas também distranta o país dos alvos europeus de um máximo de 10% dos resíduos que vão para aterros em 2035. O plano recomenda prevenir a produção de resíduos e promover a economia circular, expandir a capacidade de infraestrutura e tomar a ação em um nível institucional.

Propõe, em particular, instalando mais duas unidades de recuperação de energia, uma na região central e outra, menor, em Alentejo/Algarve, além de aumentar a capacidade de recuperação de energia em Lipor (norte) e Valorsul (Lisboa e Tagus Valley).

Portugal não investiu em recuperação de energia ao longo dos anos, como outros países fizeram, mas “é uma medida correta”, disse o secretário de Estado.

O plano também destaca a importância de implementar o Plano de Ação da Economia Circular 2024-2030, lançando uma grande campanha de conscientização nacional, reforçando a capacidade de classificação e a recuperação orgânica e reforçando a recuperação de energia.

Segundo o plano, é necessário reforçar os investimentos, acelerar procedimentos administrativos ou “revisar os instrumentos legais”.

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