Quinta-feira, Dezembro 12

A Organização das Nações Unidas (ONU) pediu, esta quarta-feira, à comunidade internacional que contribua, urgentemente, com 4100 milhões de dólares (cerca de 3900 milhões de euros) para enfrentar uma crise humanitária nos territórios palestinos ocupados.

O apelo feito em conferência de imprensa pelo porta-voz do secretário-geral da ONU, Stéphane Dujarric, lembrando que aquele valor é inferior aos 6600 milhões de dólares (6283 milhões de euros) necessários para fazer face à devastação causada pelo conflito entre Israel e o Hamas, nomeadamente para atender às necessidades de 3,3 milhões de cidadãos em Gaza e na Cisjordânia.

Dujarric estima que os fundos pedidos refletem também a perspectiva de que Israel mantenha em 2025 “as mesmas limitações inaceitáveis ​​nas operações de ajuda”.

Na mesma conferência de imprensa, um dos responsáveis ​​pelo Programa para o Desenvolvimento da ONU, Haoliang Xu, revelou que esteve recentemente em territórios ocupados e que ficou descoberto com o tipo de devastação que presenciou no terreno.

Entre as preocupações estão as condições de educação e de saúde dos mais novos, assim como a distribuição de alimentos frescos e o estado do sistema hospitalar, “com graves déficits de medicamentos e sangue para transfusões”.

Da visita ao terreno Haoliang Xu revelou que esteve reunido com funcionários israelenses em Jerusalém e que as autoridades “estão disponíveis para discutir a abertura à entrada de bens que sejam considerados humanitários”.

A Faixa de Gaza é cenário de conflito desde 7 de outubro de 2023, data em que Israel ali declarou uma guerra para “erradicar” o Hamas, horas depois deste movimento islâmico ter realizado em território israelense um ataque de ocorrência sem precedentes, matando cerca de 1200 pessoas, na maioria civis, e raptando mais de duas centenas.

A campanha militar de retaliação lançada por Israel matou pelo menos 44.786 pessoas na Faixa de Gaza, a maioria civis, de acordo com dados do Ministério da Saúde do governo do Hamas, considerados confidenciais pela ONU.

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