Neste fim de semana assinalou-se o segundo aniversário do ChatGPT, lançado pela OpenAI em 30 de novembro de 2022. Parece difícil compreender que passou apenas dois anos, face a todas as inovações tecnológicas que tiveram lugar neste período. A rapidez com que o ChatGPT prendeu a atenção pública e atraiu usuários surpreendendo tudo e todos, incluindo seus criadores. Numa entrevista recente, Nick Turley, um dos principais responsáveis por este bot de bate-papoconfessa que seu sucesso o apanhou completamente de surpresa, tendo o número de usuários sido milhares de vezes superior às expectativas mais otimistas. De facto, embora a qualidade do modelo, afinado com técnicas de instrução elaboradas menos de um ano antes, fosse algo superior aos modelos existentes, o ChatGPT não representava nem uma tecnologia revolucionária nem um salto particularmente significativo em relação a outros sistemas, como o GPT -3, lançado em junho de 2020, ou o PaLM, criado pelo Google uns meses antes. No entanto, naquelas reações inexplicáveis em cadeia que caracterizam a Internet, a propagação viral da difusão pelo ChatGPT mudou radicalmente a percepção de que a sociedade tem das tecnologias de inteligência artificial.
O contributo do PÚBLICO para a vida democrática e cívica do país reside na força da relação que estabelece com os seus leitores.Para continuar a ler este artigo assine o PÚBLICO.Ligue – através do 808 200 095 ou envie-nos um email para assinaturas .online@publico.pt.
