Terça-feira, Outubro 8

Segundo o Comité do Prémio Nobel, a descoberta dos dois investigadores norte-americanos, de um princípio fundamental que rege a regulação da atividade genética, “está a revelar-se de importância fundamental para a forma como os organismos se desenvolvem e funcionam”.

O Prémio da Nobel da Medicina foi esta segunda-feira atribuído a dois investigadores que nos anos 90 descobriram o microRNA. Quase trinta anos depois, a medicina reconhece a importância do trabalho, que permitiu saber porque razão células com o mesmo ADN conseguem comportar-se de forma diferente.

Pode soar a nome estranho a descoberta que este ano valeu Prémio da Nobel da Medicina mas saiba que até ao final desta reportagem, que tem pouco mais de dois minutos, cada telespectador vai produzir milhares de microsRNA.

E afinal o que é um microRNA?

Um corpo humano tem vários tipos de células, por exemplo as da pele, músculos, ossos, coração ou cérebro são todas compostas pelo mesmo ADN, que funciona como um livro de instruções.

Uma das razões é o microRNA funciona como um regulador. A célula tem capacidade para varias funções mas para ser eficaz o micro RNA silencia algumas e determina o que é necessário fazer em cada parte do corpo.

Dois cientistas americanos, Victor Ambros e Gary Ruvkun descobriram o microRNA em vermes nos anos 90. Mais tarde percebeu-se que existia também no corpo humano.

Foram precisos quase 30 anos para que o Comité do Prémio Nobel valorizasse a importância da descoberta. Os dois laureados têm hoje mais de 70 anos e estavam longe de acreditar que o telefone haveria de tocar.

No caso de Victor Ambros o telefone tocou mas ninguém atendeu. Foi deixada uma mensagem no atendedor de chamadas e à hora da divulgação dos vencedores de 2024, o cientista ainda não sabia que era um dos laureados do primeiro Nobel da Medicina.

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