Quinta-feira, Outubro 17

Presidente ucraniano não sabe o número de soldados que já estão no terreno, mas diz ter informações de que estão a ser treinados 10.000 soldados norte-coreanos para lutar contra a Ucrânia

Volodymyr Zelensky revelou, esta quinta-feira, que há soldados norte-coreanos a lutar pelo Exército russo em territórios ocupados da Ucrânia e que ainda vão ser destacados mais 10.000 militares da Coreia do Norte.

Na reunião do Conselho Europeu, que decorre em Bruxelas, o presidente ucraniano sublinhou que a Rússia planeia mesmo envolver a Coreia do Norte no conflito, tendo enviado já para o território ucraniano alguns soldados norte-coreanos de diferentes ramos e especializações militares, sem que se saiba o número ao certo.

“Sabemos que cerca de 10.000 soldados da Coreia do Norte estão a ser treinados para para lutar contra nós”, adiantou, perante os líderes dos 27 Estados-membros da União Europeia (UE), a quem apresentou o plano de vitória que elaborou nos últimos meses.

Volodymyr Zelensky não tem dúvidas: o envolvimento da Coreia do Norte neste conflito “é o primeiro passo para uma Guerra Mundial”.

Na quarta-feira, fontes anónimas dos serviços secretos militares, citadas pela imprensa ucraniana, já alertavam que a 11.ª Brigada Aerotransportada russa estava a formar um “batalhão” de 3.000 elementos composto por norte-coreanos, que provavelmente vão estar envolvidos nas operações defensivas na região russa de Kursk, onde a Ucrânia iniciou uma incursão em agosto.

Mas, segundo Volodymyr Zelensky, o número será bastante superior.

Também em Bruxelas, o presidente ucraniano revelou uma conversa que teve com Donald Trump em setembro, à margem da sua visita oficial aos EUA. Nesse encontro, Zelensky disse ter apresentado duas opções ao candidato republicano na corrida à Casa Branca: “Ou a Ucrânia recebe armas nucleares, que servirão como proteção, ou deverá fazer parte de algum tipo de aliança. Além da NATO, não conhecemos uma aliança tão eficaz.”

“Acredito que Trump me ouviu e disse que era um argumento justo”, acrescentou.

Estas declarações surgiram a propósito do plano de vitória apresentado pelo próprio Volodymyr Zelensky, que tem como reivindicação principal a adesão imediata da Ucrânia à NATO. 

“Seria decisivo recebermos um convite imediato para aderir à NATO. Putin tem de respeitar a nossa força, não podemos deixar que o mundo livre trema perante as suas ameaças”, declarou Zelensky, apelando novamente aos aliados para que não deixem a Ucrânia sozinha nesta luta.

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