Quinta-feira, Setembro 12

Um dispositivo cerebral semelhante a um ‘pacemaker’ pode ajudar a reduzir metade dos sintomas de Parkinson, de acordo com um estudo feito por investigadores da Universidade da Califórnia, nos Estados Unidos, e publicado na revista Nature Medicine. A estimulação cerebral profunda adaptativa é uma melhoria da estimulação cerebral profunda, técnica amplamente usada em pacientes com Parkinson, uma perturbação cerebral.

 

Como explicam os autores do estudo, o novo modelo responde a mudanças nos sinais cerebrais dos doentes, ajustando a quantidade de estímulos elétricos ao longo do dia, de acordo com a necessidade de cada um.

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“Este estudo marca um grande passo em direção ao desenvolvimento de um sistema de estimulação cerebral profunda adaptativa que se adapta ao que o doente precisa num dado momento”, afirma em comunicado a médica Megan Frankowski, diretora da iniciativa Brain Research Through Advancing Innovative Neurotechnologies, que ajudou a financiar o projeto. 

O tratamento de estimulação cerebral profunda é feito com a implantação de fios muito finos (eletródos) em locais específicos do cérebro para a transmissão de sinais elétricos. O dispositivo convencional (DBS) fornece um nível constante de estimulação, o que pode levar a efeitos secundários, uma vez que o cérebro nem sempre precisa da mesma intensidade de tratamento. Já o modelo mais moderno usa dados obtidos diretamente do cérebro do doente, ajustando o nível de estimulação em tempo real.

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Recorde-se que Parkinson é considerada uma demência, termo genérico utilizado para designar um conjunto de doenças que se caracterizam por alterações cognitivas que podem estar associadas a perda de memória, alterações da linguagem e desorientação no tempo ou no espaço. Para a maioria não existe tratamento. Porém, está provado que cerca de 40% das demências, como o Alzheimer (a forma mais comum de demência), podem ser prevenidas ou atrasadas.

A Organização Mundial de Saúde estima que existam 47.5 milhões de pessoas com demência em todo o mundo, número que pode chegar os 75.6 milhões em 2030 e quase triplicar em 2050, para 135.5 milhões. 

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