Dezenas de enfermeiros protestaram à porta do Hospital Amadora Sintra. Dizem que estão a ser discriminados porque não pertencem aos sindicatos que chegaram a acordo com o Ministério.
A trabalhar há 13 anos na Unidade Local de Saúde Amadora-Sintra, Andreia Almeida diz estar preocupada com o que diz ser “uma grande injustiça”.
“Sentimo-nos verdadeiramente preocupados e injustiçados. Porque apercebemo-nos que, a propósito do nosso acordo da empresa que é o nosso vínculo de trabalho há mais de 28 anos, nós não fomos incluídos e não seremos abrangidos por esta retificação acautelada entre a plataforma sindical e o Ministério da Saúde”, referiu Andreia Almeida, enfermeira do Serviço de Urgência Geral.
Exigem ser abrangidos pelo acordo assinado em setembro entre o Ministério da Saúde e uma plataforma de cinco sindicatos, que prevê um aumento dos salários de cerca de 20% até 2027.
“Nós não queremos mais que os outros. Nós queremos ser reconhecidos, queremos manter o acordo da empresa e queremos acreditar nas palavras da senhora ministra. E acreditamos na senhora ministra. Estamos aqui consigo, acreditamos em si e acreditamos que vamos ser valorizados e respeitados”, defendeu Fátima Ferreira, enfermeira-chefe no Hospital Fernando Fonseca.
A Unidade Local de Saúde Amadora-Sintra anunciou que está a trabalhar com a tutela para encontrar uma solução que garanta aos enfermeiros condições salariaisiguais aos restantes do Serviço Nacional de Saúde (SNS).
Os profissionais alertam que se isso não acontecer, centenas de enfermeiros podem deixar o hospital.