Terça-feira, Outubro 22

O apagão geral em Cuba desencadeou uma onda de protestos históricos no país, que está às escuras desde sexta-feira, em mais um sinal da grave situação económica. O presidente cubano diz que as manifestações não serão toleradas

“A comida estragou-se, as crianças estão com dificuldades. Não temos água fria, não temos nada”. Este é um relato de Marley Gonzalez, uma das várias pessoas afetadas em Cuba. Já são quatro dias de protestos, quatro dias sem eletricidade.

O apagão nacional sem precedentes é o golpe mais recente no país de 10 milhões de habitantes que já sofre com a escassez de alimentos, remédios e combustível, além do país ser apanhado pela tempestade tropical Óscar, que atingiu o extremo leste da ilha, derrubando árvores e linhas de energia e matando seis pessoas.

A rede elétrica de Cuba falhou pela primeira vez por volta do meio-dia de sexta-feira, depois que uma das maiores centrais elétricas da ilha apresentou uma avaria.

Turismo sofre consequências

As autoridades alertam que vão atuar com rigor contra aqueles que tentarem provocar perturbações da ordem pública.

O turismo, que é a principal atividade econômica nacional, sofre as consequências, mas tenta manter a prestação de serviços mesmo sem eletricidade.

Até quinta-feira, as atividades escolares foram suspensas numa tentativa de diminuir a pressão sobre o sistema elétrico.

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