Quarta-feira, Março 26

O mural será inaugurado este mês na estação de metrô de Trindade, no Porto.

Desgentada pelo artista Miguel Januário, mede 9,5 metros de largura e 3,25 metros de altura, compreendendo 736 ladrilhos. Possui contribuições de cerca de 1.500 participantes, incluindo artistas como Vhils, Capicua, Gonçalo Mar, Akacorleone e Tamara Alves, ao lado de telhas pintadas por crianças, adultos e idosos de diversas origens.

Este projeto inicialmente surgiu de uma proposta do Partido Comunista português (PCP) para uma iniciativa de arte pública, mas logo se expandiu para incluir uma participação mais ampla da comunidade.

Os workshops realizados em 2023 e 2024 convidaram os participantes a refletir sobre o cumprimento, ou falta lá dos princípios da revolução, resultando em ladrilhos que representam temas de educação, justiça, paz, sindicatos e direitos das crianças.

No final dos workshops, Miguel Januário teve que decidir como organizar os ladrilhos nos dois murais e, nesse processo, começou a classificá -los por cor. “Usamos vermelho, preto, amarelo e verde para pintar, juntamente com a base branca do ladrilho. Metade dos ladrilhos era branca, enquanto os outros 50 % tinham uma base colorida, tanto no Porto quanto na Lisboa. De aqueles com uma base colorida, metade era vermelha”.

Januário organizou os ladrilhos por cor para formar um cravo pixelizado gigante no centro de cada mural, usando verde para o caule, vermelho para as pétalas e telhas mais escuras para criar um efeito de enquadramento. A palavra “cumprir” está sutilmente incorporada ao design, com suas letras deixadas incompletas, representando um lembrete simbólico de que ainda resta muito a ser cumprido.

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