Segunda-feira, Dezembro 16

De acordo com o relatório da ANSR sobre sinistralidade 24 horas e fiscalização rodoviária, de Janeiro a Julho de 2024 foram fiscalizados 141,9 milhões de veículos, presencialmente ou através de meios de fiscalização automática, um aumento de 79,8% em relação ao mesmo período de 2023.

Dos 141,9 milhões de veículos fiscalizados nesse período, as autoridades flagraram 545,1 mil infrações, o que representa um aumento de 6,2% em relação ao mesmo período do ano anterior.

A maior parte das multas foi por excesso de velocidade, sobretudo para os condutores apanhados pelos radares geridos pela Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária, que registou, neste período, um aumento de 49,6% no número de infrações, passando de 224.464 de janeiro a julho de 2023 para 335.801 em o mesmo período deste ano.

Segundo o relatório, das 395.492 infrações registadas por excesso de velocidade, 335.801 dizem respeito aos radares ANSR.

O documento destaca que o número de condutores fiscalizados no sistema de radar da responsabilidade da ANSR, totalizando 136.719.761, aumentou 88%, entre Janeiro e Julho, face ao mesmo período de 2023.

“O SINCRO gerido pela ANSR registou um aumento de 88,1%, em contraste com a PSP e a GNR que registaram diminuições de 22,4% e 14,7%, respetivamente”, refere o documento.

A ANSR refere que 72,6% do total de multas registadas nos primeiros sete meses de 2024 corresponderam a excesso de velocidade e 5,9% das infrações ficaram a dever-se à ausência de inspeção periódica obrigatória, tendo-se verificado ainda que a condução sob o efeito do álcool atingiu com peso de 2,8% do total, a falta de seguro representou 1,8%, o uso de celular 1,6% e o não uso de cinto de segurança 1,3%.

Face ao ano anterior, com exceção do excesso de velocidade que teve um aumento de 23,1%, a ANSR destaca que se registaram diminuições generalizadas em todos os outros tipos de infrações, destacando-se a ausência de cintos de segurança (-44,9%), sistemas de retenção infantil (- 33,2%), uso de celular ao dirigir (-32,3%), excesso de álcool (-21,4%) e falta de seguro (-14,0%).

A ANSR indica ainda que a criminalidade rodoviária, medida em número total de detenções, diminuiu 38,8% face ao mesmo período de 2023, atingindo 13 mil condutores.

Do total, 57% foram por condução sob efeito de álcool (-38,5%), seguidos de 33,3% por falta de carta de condução legal.

Até julho de 2024, cerca de 712,2 mil motoristas perderam pontos na CNH.

Desde junho de 2016, data de entrada em vigor do sistema de licenciamento por pontos, 3.286 motoristas tiveram a carteira de habilitação cassada, segundo a ANSR.

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