Terça-feira, Novembro 5

O Ministério da Saúde já pediu ao INEM uma investigação aos casos das mortes de dois utentes a quem terá falhado o pedido de ajuda pela linha telefónica do 112.

O Ministério da Saúde pediu uma investigação ao alegado atraso no socorro, depois de duas pessoas terem morrido quando esperavam pelo atendimento do 112, mas o sindicato garante que o problema está identificado e que estão em funções metade dos técnicos necessários.

Na última semana, duas pessoas terão morrido, por alegado atraso no atendimento do INEM. O Sindicato dos Técnicos de Emergência Pré-Hospitalar lamenta e considera que estas situações seriam evitáveis, se a tutela respondesse às necessidades.

Rui Cruz, vice-presidente do sindicato, fala numa profissão “insustentável” no panorama da emergência médica.

“Necessitamos daintervenção urgente da tutela, caso contrário estes problemas vão agravar-se”, alerta.

Mesmo sabendo que o Instituto Nacional de Emergência Médica tem a decorrer um concurso com mais de 200 lugares, o sindicato não acredita que as falhas sejam assim colmatadas.

“Estes 200 técnicos não são sequer metade daquilo que precisamos”, afirma Rui Cruz, sublinhando que seriam necessários cerca de 1440 técnicos, quando estão ao serviço apenas 720.

“Os técnicos atuais estão a trabalhar por dois. Estamos a levar a um desgaste físico, emocional e psicológico destes técnicos muito rapidamente e não é possível sequer manter o número de postos abertos com estes números”, denuncia. ~

140 telefonemas em espera

A meio da manhã desta segunda-feira, estariam cerca de 140 telefonemas em espera. A nível nacional,haveria apenas 11 pessoas a atender chamadas do 112 – uma situação que pode ter sido agravada por estar em curso uma greve da Administração Pública.

Em comunicado o Ministério da Saúde fez saber que já “solicitou ao INEM uma auditoria interna sobre a morte de dois utentes, por alegado atraso no atendimento” e informou que o resultado deverá ser conhecido dentrode “um mês”.

O sindicato dos técnicos apela à sensibilidade da tutela para a necessidade de tornar a carreira maisatrativa, uma vez que tem tido uma taxa elevada de abandono, e pede ainda salários que compensem a pressão a que estes profissionais são diariamente sujeitos.

A SIC solicitou uma entrevista à direção do INEM, mas não obteve resposta até ao momento.

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