O ministro da Educação participou esta terça-feira na inauguração de uma exposição sobre o 25 de Abril, numa escola, em Lisboa. É uma das primeiras ações de Fernando Alexandre, que não quis falar com os jornalistas, numa altura em que permanecem muitas dúvidas relacionadas com o início do descongelamento da carreira dos professores.
Convidado pela Associação de Estudantes da Escola Básica e Secundária de Gamas Barros, no Cacém, o ministro da Educação participou na inauguração de uma exposição sobre o 25 de abril. À entrada, foi recebido com aplausos pelos alunos. Durante a visita, ouviu “Grândola, Vila Morena” e viu as exposições preparadas pelos estudantes, tendo ainda tempo para conversar com alguns deles e dar conselhos.
No entanto, os jornalistas foram excluídos, não tendo acesso sequer à parte final do evento. Não foram proferidas quaisquer palavras pelo ministro. A comunicação social recebeu apenas uma nota na agenda a informar da presença do ministro na escola, mas foi comunicado aos jornalistas, à chegada, que Fernando Alexandre não iria fazer declarações, nem sobre a sua presença na escola para a inauguração da exposição, nem sobre qualquer outro tema.
O ministro da Educação assumiu o compromisso de iniciar o descongelamento das carreiras ainda este ano, mas há dúvidas se isso acontecerá durante este ano letivo, como exigem os sindicatos, numa altura em que as rondas negociais estão prestes a iniciar.
A nova equipa do Ministério da Educação começa nesta quinta-feira as reuniões com os sindicatos de professores para discutir a recuperação do tempo de serviço congelado no tempo da “troika” (2011-2014), uma reivindicação que motivou protestos e greves nos últimos anos.
O ministro reafirmou na semana passada o compromisso assumido antes das eleições de 10 de março, prometendo devolver o tempo de serviço ao longo de cinco anos, ou seja, contabilizando anualmente 20% dos seis anos, seis meses e 23 dias congelados durante o período da “troika”.
