Sexta-feira, Outubro 18

Maria da Graça Carvalho preferiu sublinhar que o Governo tem mecanismos para responder a uma situação de crise energética, mas admitiu que a taxa de carbono é mesmo para continuar a descongelar

A menos que haja um agravar do conflito no Médio Oriente ou qualquer outro imprevisto de geopolítica, os portugueses podem contar com novos e sucessivos aumentos dos preços dos combustíveis, incluindo no próximo ano.

Foi a própria ministra do Ambiente e da Energia que o admitiu, referindo que o plano do Governo passa por continuar a descongelar a taxa de carbono que tem vindo a sofrer sucessivas alterações.

Na CNN Portugal Summit dedicada à Economia Verde, Maria da Graça Carvalho não se quis alongar muito sobre como podem flutuar os preços no futuro, mas deixou claro que, salvo exceções e imprevistos, os preços do gasóleo e da gasolina devem mesmo continuar a subir.

“A taxa de carbono tinha começado a ser descongelada pelo anterior Governo e agora foi ainda mais descongelada. Desde que não haja uma crise, continuará a ser descongelada”, afirmou a ministra, destacando por várias vezes que a Comissão Europeia dá liberdade ao Executivo para, num caso de emergência energética, atuar de forma imediata sem ter de passar por Bruxelas.

Maria da Graça Carvalho não revelou que valores de combustíveis são necessários para se chegar a esse momento de crise, mas ressalvou que “há um valor a partir do qual o Governo pode parar de subir a taxa”, numa fórmula que está relacionada com a evolução do preço nos últimos meses, mas também com a comparação em relação ao ano transato.

“Há condições para definir o que é emergência energética e a partir daí o Governo tem liberdade para atuar. Em condições normais, vamos deixar o mercado funcionar e vamos ter incentivos à descarbonização”, reiterou.

“No caso do preço dos combustíveis depende da circunstância geopolítica. Neste momento  não temos crise energética e, não tendo crise, temos uma taxa de carbono, uma lei, que está a funcionar para desincentivar o consumo de combustíveis fósseis”, terminou.

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