Domingo, Setembro 22

Apesar de terem passado oito décadas desde que o bombardeiro da Marinha se despenhou no mar, a Agência Norte-americana para os Desaparecidos de Guerra acredita que ainda pode devolver paz às famílias dos aviadores.

Um grupo de arqueólogos marinhos e veteranos de guerra norte-americanos esteve nas últimas três semanas numa missão subaquática de busca por cinco militares desaparecidos na Segunda Guerra Mundial, ao largo de Faro.

A viagem, naquele que bem poderia ser um mergulho recreativo, é, na verdade, uma missão de busca e resgate por cinco militares desaparecidos 81 anos depois da trágica amaragem.

Apesar de terem passado oito décadas desde que o bombardeiro da Marinha se despenhou no mar, a Agência Norte-americana para os Desaparecidos de Guerra acredita que ainda pode devolver paz às famílias dos aviadores.

“Podemos recuperar o material ósseo de alguém, depois enviá-lo para o laboratório que poderá identificar e notificar as famílias de que o familiar perdido foi recuperado”, explicou, à SIC, a arqueológa da Ships od Discovery Jennifer Mckinnon.

A missão, financiada pela Agência norte-americana para os Desaparecidos em Combate, procurou ao longo das últimas três semanas, com a ajuda de portugueses, vestígios biológicos dos tripulantes que nunca foram encontrados.

Será mais um capítulo na história do bombardeiro Liberator PB4Y-1, marcado, desde logo, por uma história de heroísmo português.

Três pescadores – Jaime Nunes, José e Manuel Mascarenhas – conseguiram, num pequeno barco, resgatar seis sobreviventes.

O fecho da expedição serve de reencontro transatlântico entre familiares. A primeira vez foi em 1999, na altura, ainda vivos, Jaime Nunes e o chefe de tripulação reviam-se pela primeira vez, por videoconferência, quase 60 anos depois.

Compartilhar
Exit mobile version