Quinta-feira, Setembro 12

Há uma colagem do Chega a grupos como o 1143 ou o Reconquista, entende Miguel Sousa Tavares

A ideia é simples: negociar um referendo à imigração com uma possível aprovação da proposta de Orçamento do Estado para 2025, o momento mais crítico para o Governo de Luís Montenegro, que terá aí uma fase decisiva num teste à sua durabilidade.

A tal ideia simples partiu do Chega e de André Ventura, que decidiu lançar esta proposta, mesmo sabendo que a mesma tem de passar pelo Presidente da República e pelo Tribunal Constitucional, dois órgãos que, para Miguel Sousa Tavares, nunca aprovarão tal medida.

O comentador da TVI (do mesmo grupo da CNN Portugal) abordou, na sua rubrica 5.ª Coluna, esta proposta, à qual chamou de “indecente”, além de ver aqui uma “chantagem” do Chega ao Governo.

“Ele não aprova o Orçamento em função dos méritos ou deméritos do Orçamento, está-se nas tintas para isso. Quer agora um referendo à imigração. Lembrou-se disso, as férias de André Ventura deu nisto, uma ideia brilhante”, afirmou, garantindo que se trata de uma proposta “pior do que a do queijo Limiano”.

Miguel Sousa Tavares lembra que não é apenas um deputado, mas sim um partido composto por 50 deputados a fazer a proposta.

“O Chega aparece aqui a encostar-se à extrema extrema-direita Nazi e neofascista do 1143 e do Reconquista”, reiterou, acusando André Ventura de “tentar imitar” o que já foi feito em Espanha e Inglaterra, países que têm problemas que em Portugal não se verificam.

É que, como nota o comentador da TVI, a Portugal não chegam imigrantes vindos de barco, como acontece em Inglaterra, através do Canal da Mancha, em Espanha, através dos arquipélagos, ou até em Itália, na famosa Lampedusa sempre mergulhada na questão.

“Todos os imigrantes em Portugal estão legais, entraram legalmente. Não entraram nem a salto, nem a barco”, sublinhou, lembrando que o novo Governo impediu a manifestação de interesse.

Sobre uma eventual de o referendo avançar, Miguel Sousa Tavares disse logo que as perguntas estão mal feitas, confessando que espera que esta hipótese nunca venha a avançar.

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