Sexta-feira, Novembro 29

Miguel Quintas excluiu candidatar-se à liderança da Iniciativa Liberal, avançou o Observador e confirma o PÚBLICO junto do próprio. O antigo candidato dos liberais à Câmara Municipal de Lisboa tinha admitido a possibilidade de concorrer à liderança do partido, mas concluiu não ter as condições permitidas para avançar. “Neste momento não considero que estejam reunidas as condições para o fazer”, diz Miguel Quintas ao PÚBLICO.

O antigo candidato à Câmara de Lisboa – que desistiu da corrida à autarquia lisboeta apenas três dias depois de ter sido anunciado como candidato – aponta como entraves a uma possível candidatura “condições de tempo útil, de estrutura organizativa e do próprio sistema que se tem vindo a edificar na IL, a par das suas idiossincrasias internas”.

Miguel Quintas tinha reforçosna semana passada, a sua disponibilidade para encabeçar uma candidatura à liderança da Iniciativa Liberal, cuja eleição se deverá disputar no início de 2025.

Ao PÚBLICO, Quintas tinha dito estar “disponível para defender o liberalismo em Portugal. Um liberalismo democrático, corajoso e baseado na transparência”, acrescentando: “Se a sociedade me chamar [para defender o liberalismo]estarei disponível, com certeza, e será uma honra.”

Esta quinta-feira, o empresário deu um passo atrás e excluiu essa possibilidade, no entanto, vinca estar “sempre disponível” para defender os valores do liberalismo, “seja numa plataforma partidária”, se tal fizer sentido para si, “ou extra- partidária”.

Defendendo que “urge o tempo de mudança e que, em particular, as cadeiras têm de mudar” na IL, Miguel Quintas sublinha que o partido “necessita verdadeiramente de se reembolsar internamente”.

O antigo candidato autárquico considera que parte dos “princípios liberais mais profundos” da fundação do partido estão agora “muito afastados do boato da IL”.

Por isso, acredita que se deve “olhar para as idiossincrasias internacionais no que toca à gestão própria e hierárquica do aparelho organizativo” e para a “necessidade de reorientação política estratégica no espectro nacional”.

Contudo, Miguel Quintas deixa claro que a sua atuação “jamais” se pautará “por algum tipo de revanchismo”: “Tenho a plena verdade que na IL foi feita muita coisa e parte dela verdadeiramente boa. Apenas acredito que não é o suficiente e o caminho dos últimos anos não deve ser seguido”, vinca.

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