Segunda-feira, Setembro 23

As alterações climáticas não conhecem fronteiras e os incêndios, cheias e outros desastres naturais atingem todo o planeta. A Organização Internacional do Trabalho alerta que as crianças são a população mais vulnerável.

Uma em cada duas pessoas em todo o mundo não tem qualquer proteção social perante uma catástrofe climática e as crianças são as que estão mais expostas. O alerta é da Organização Internacional do Trabalho.

“As implicações da crise climática no mundo do trabalho são a ameaça mais premente e urgente que temos. E a má notícia é que os países que estão na linha da frente da crise climática são os menos preparados e precisam de ser protegidos”, avisou Mia Seppo.

Apesar dos países mais pobres serem os mais afetados, as alterações climáticas não conhecem fronteiras e os incêndios, cheias e outros desastres naturais, causados pela mudança no clima, atingem todo o planeta.

“Não precisamos de reinventar a roda. Sabemos de facto o que fazer. Temos de trabalhar para garantir uma proteção social universal. Isto ajudará os países a prepararem-se, assegurando o acesso ao subsídio de desemprego, à saúde, a pagamentos de emergência e, ao fazê-lo, garantir que os mais vulneráveis estão protegidos da crise climática”, acrescentou Mia Seppo, da Organização Internacional do Trabalho.

Segundo dados desta organização, os países mais ricos do mundo gastam, em média, cerca de 16% do PIB em proteção social, enquanto que os mais pobres nem chegam a gastar 1%.

Muitos dos que perdem tudo por causa das alterações climáticas acabam por ser obrigados a fugir e tornam-se refugiados, ou migrantes, em busca de uma vida melhor. Esses fluxos migratórios acabam por criar, nas nações de acolhimento, uma pressão ainda maior nos sistemas de proteção social.

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