Quarta-feira, Novembro 6

Uma idosa de 86 anos, em Castelo de Vide, não conseguiu assistência imediata, depois de ter entrado em paragem cardiorrespiratória.

Uma mulher de 86 anos morreu, na segunda-feira, depois de ter entrado em paragem cardiorrespiratória no lar onde vivia, em Castelo de Vide. Os pedidos de socorro para o 112 não tiveram resposta, e os meios diferenciados só chegaram ao local quase uma hora e meia depois.

A primeira chamada aconteceu pelas 12h30 de segunda-feira, quando a utente do lar da Fundação Nossa Senhora da Esperança, em Castelo de Vide, se sentiu mal e entrou em paragem cardiorrespiratória.

João Palmeiro, presidente da fundação, explica que, uma vez que a idosa não respondia às manobras de reanimação efetuadas pelo enfermeiro do lar e, por isso, foi contactado o 112.

Do outro lado da linha, nenhuma resposta. O pedido de ajuda e solicitação para a presença de um meio diferenciado foi sendo tentado de forma insistente, como está definido no protocolo, mas a comunicação com o Centro de Orientação de Doentes Urgente não foi possível.

O lar acabou por ter de fazer um telefonema direto para os bombeiros de Castelo de Vide, que acabariam por desbloquear a situação.

A Viatura Médica de Emergência e Reanimação do Hospital de Portalegre só às 13h55 chegou ao lar. Em condições normais, teria demorado 10 a 15 minutos, mas chegou quase uma hora e meia depois.

A utente, de 86 anos foi depois transportada para o Hospital de Portalegre, onde viria a falecer durante a tarde de segunda-feira.

INEM culpa greves

Contactado pela SIC, o INEM atribui os constrangimentos às greves da função pública de segunda-feira e dos técnicos de emergência pré-hospitalar às horas extraordinárias, que tiveram impacto na atividade do CODU e dos meios de emergência.

O INEM diz ainda que está a implementar medidas de contingência para otimizar o funcionamento do CODU ao nível do atendimento.

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