Domingo, Setembro 22

Reportagem Especial

Depois dos grandes incêndios no distrito de Aveiro, avaliam-se os estragos. A força contra o fogo vem da gente e é maior com ele apagado. A Reportagem Especial mostra a força da população de Água na reconstrução do que as chamas destruíram.

No distrito de Aveiro, depois dos grandes incêndios, avaliam-se os estragos e começa a desenhar-se um plano de reconstrução. O concelho de Águeda ardeu praticamente todo. “Mais fortes que o fogo” é a Reportagem Especial do Jornal da Noite.

Foram precisos cinco dias inteiros, um bocadinho mais até, para expulsar o lume e reestabelecer a paz. A névoa ainda é tóxica.

Fernando Arêde, madeireiro, perdeu o pavilhão, o camião e máquinas.

Com o filho e o genro contrariaram tudo e fizeram-se ao fogo com unhas e dentes. Com um unico kit de combate e a agua de uma piscina deram até dar. A lenha deste madeireiro foi rastilho mas agora vem nova vida.

“Andava tudo a arder. Não consegui recuperar nada. Os animais eram para nosso consumo. Não sei se algum dia vou ter força para voltar a consumir mais algum animal que tenho aqui. Nunca nos deixaram. Eles têm inteligência”.

O incêndio que foi de domingo a quinta deixou uma verdadeira calamidade. Nos quatro concelhos de Aveiro em que foi particularmente agressivo deixou destruição incalculável.

As frentes de fogo, o calor e o vento eram tantos. Tiveram as suas consequências e foram graves.

João Marçal ficou com a casa danificada, sobretudo o revestimento. Agora é tempo de limpar e refazer o que ficou destruído.

Não muito longe, a bandeira portuguesa ficou para testemunhar a história de amor que um casal francês transferiu para Portugal no gozo da reforma. O incêndio deitou tudo abaixo.

Uma associação local de canoagem cede as instalações numa antiga escola primária.

A olhar para o negro horizonte está um combatente de difícil decisão: deixar de proteger o seu para defender o dos outros.

A força contra o fogo vem da gente e é maior com ele apagado

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