Segunda-feira, Dezembro 23

“A distribuição da poupança em Portugal é bastante desigual”. Esta é a conclusão a que chega o Banco de Portugal (BdP) ao analisar a distribuição da poupança das famílias pelos seus rendimentos, ao mesmo tempo que destaca que mais de 55% da poupança está concentrada em apenas 20% das famílias mais ricas.

Ao analisar a poupança por níveis de rendimento, o BdP conclui que existe “elevada desigualdade na distribuição da poupança”. Isto porque “os 20% das famílias com maiores rendimentos geram 55% da poupança. Por sua vez, no decil de rendimento mais baixo as despesas são superiores às receitas”, o que significa que não há margem para poupança, lê-se no Boletim Económico de dezembro.

E ao analisar a distribuição do rendimento e das faixas etárias, “verifica-se que a taxa de poupança aumenta com o rendimento em todas as faixas etárias”, destaca o BdP. Além disso, “comparando as taxas de poupança em cada decil de rendimento, observa-se que as taxas de poupança mais elevadas se encontram nas faixas etárias mais elevadas [between 45-64 years and over 64 years]”, finaliza.

Ao analisar os diferentes níveis de poupança, o regulador liderado por Mário Centeno conclui também que “as famílias dos dois decis mais elevados da distribuição da poupança são responsáveis ​​por cerca de dois terços da poupança”. Por outro lado, os dois primeiros níveis apresentam uma poupança média negativa “que corresponde, por exemplo, a situações de financiamento de despesas com recurso a crédito ou riqueza acumulada”.

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