Quarta-feira, Outubro 23

Mais de uma centena de funcionários das escolas de Palmela protestaram esta quarta-feira de manhã em frente à câmara municipal. Exigem melhores salários, reforço de pessoal e a criação de carreiras.

Foi ao som de apitos e palavras de ordem que mais de uma centena de profissionais se fizeram ouvir esta quarta-feira de manhã em frente à câmara de Palmela. 

“Queremos condições dignas, Não é justo estes modelos que têm de avaliação. Ouvir dizer que colegas que merecem 4 não podem ter porque só podem ter três ou quatro não é justo”, diz Joana Costa, delegada sindical do agrupamento escolas de Poceirão. 

Além dos salários, dizem que há falta de investimento em formação específica 

“Autismo, diabetes, epilepsia e outras tantas que hoje em dia cada vez mais há nas escolas. Os meninos são deixados ao nosso cuidado sem termos uma formação específica”, diz Maria Faria, funcionária. 

“A nível de carreira não somos reconhecidos, todos somos iguais, podem tirar-nos a qualquer momento dos locais onde estamos há muitos anos. Estou há 15 anos no ensino especial, não é reconhecido. Daqui a uns anos quando chegar a reforma vou ganhar muito pouco, fisicamente estou a ficar esgotada, não vemos melhorias, é sempre a mesma coisa”, Conceição Pais, funcionária. 

O Sindicato Nacional dos Profissionais de Educação diz que o facto do processo de transferência destes profissionais ter passado para as câmaras só veio piorar a situação. 

“Quem decide que é o Governo atira para as câmaras. As câmaras não têm capacidade de gestão financeira das carreiras nem na criação de conteúdos funcionais. Resultado: é a confusão. Nós não podemos ter trabalhadores com 5,10,15, 20 anos  que constantemente passam para o ordenado mínimo”, explica Paulo Clemente Pinto, do Sindicato Nacional de Profissionais da Educação. 

Se não forem ouvidos, prometem avançar com novos protestos. Já há mais manifestações marcadas para Sesimbra, Alcochete, e Montijo.

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