Vinham numa embarcação de madeira, que saíu da costa africana. Foi o maior desembarque, deste ano, de pessoas vindas da África sub-sahariana. Em algumas ilhas mais pequenas das Canárias já há mais migrantes ilegais, do que habitantes.
Estavam mais de 230 pessoas a bordo deste barco de madeira, que atravessou o Atlântico até às Canárias. É o maior número de chegadas ao arquipélago espanhol, numa só embarcação, este ano. Entre os que desembarcaram, vinham 58 crianças e adolescentes.
A marinha real espanhola acompanhou o barco até ao principal porto da Gran Canária, onde os migrantes receberam assistência médica, comida e água, antes de serem encaminhados para os centros de acolhimento na ilha.
Desde janeiro, já chegaram às Canárias, mais de 32 mil e 800 migrantes, em barcos vindos do oeste de África, numa rota muito perigosa, em pleno oceano Atlântico. Um aumento de quase 40%, em relação ao número de chegadas registadas no ano passado.
Em algumas ilhas mais pequenas das Canárias já há mais migrantes ilegais, do que habitantes. E a região acolhe, em permanência, neste momento, 5 mil e 300 menores estrangeiros, que viajaram sozinhos, ou com as famílias.
O governo local, que garante casa, comida, escola e assistência médica a estes jovens, diz que está no limite da capacidade de acolhimento, e pede ajuda às autoridades centrais em Madrid.