Isto é de acordo com o Instituto Nacional de Estatística (INE), que revelou também que este aumento das rendas foi muito superior ao registado um ano antes, de 4,5%, sendo também o crescimento mais pronunciado dos últimos 30 anos.
O aumento das rendas fez-se sentir em todas as regiões, com destaque para Lisboa e Norte.
Olhando para o stock de habitação arrendada em Portugal, o INE revela que a variação média anual do valor das rendas das casas por metro quadrado de área útil foi de 7,0% em 2024 (4,5% em 2023). É preciso recuar a 1994 para encontrar um aumento tão significativo, de cerca de 7,5%, escreve o Público.
Embora este aumento das rendas de habitação em 2024 tenha sido sentido em todas as regiões, foi no Norte e Grande Lisboa onde os inquilinos mais sentiram o aumento das despesas com habitação (+7,2%) durante o ano passado.
O que chama a atenção é que as rendas das casas aumentaram mais de 7% em relação ao ano anterior desde Abril deste ano. E dezembro não foi exceção: “A variação anual dos aluguéis habitacionais por metro quadrado foi de 7,2% em dezembro de 2024 (7,1% no mês anterior)”, destaca o IBGE no boletim divulgado nesta segunda-feira, 13 de janeiro. Todas as regiões também registaram subidas nas rendas de habitação nesse mês, com a Região Autónoma da Madeira a registar o aumento mais intenso (8,2%).
Face ao mês anterior, o valor médio das rendas habitacionais por metro quadrado registou uma variação de 0,3% (0,4% em novembro). “A região com maior variação mensal foi a Região Autónoma da Madeira (0,7%), tendo as restantes regiões apresentado variações anuais positivas”, lê-se ainda.
Assim, a habitação volta a ser um dos indicadores que mais contribui para a evolução da inflação em Portugal, que se situou nos 2,4% em 2024 e nos 3% em dezembro. Isto porque só o aumento das rendas das casas é quase três vezes superior ao aumento geral dos preços.
