Sexta-feira, Novembro 8

A Caixa Geral de Depósitos bateu o recorde, com 1,4 mil milhões de lucro nos primeiros nove meses do ano, e os restantes grandes bancos portugueses também apresentaram lucros, à exceção do Novo Banco, que recuou 4,4%.

A banca registou lucros de quase 4 mil milhões desde o início do ano. A Caixa Geral de Depósitos, o banco do Estado, foi o que registou o melhor desempenho e bateu mesmo o recorde, com quase 1500 milhões de euros.

Os lucros somados dos cinco maiores bancos portugueses chegaram aos 3,9 mil milhões de euros entre janeiro e setembro, uma subida de 19% se for feita a comparação entre este ano e o ano passado. A Caixa Geral de Depósitos foi o último banco a apresentar resultados, apenas os divulgou-os na passada quinta-feira e bateu o recorde ao ter lucrado 1,4 mil milhões só nos primeiros nove meses do ano.

Os restantes grandes bancos portugueses também apresentaram lucros, à exceção do Novo Banco que recuou 4,4%, devido, segundo o próprio, à constituição de 30 milhões de euros em provisões. Esta quantia tem agora como destino o plano de transformação.

Os bancos têm justificado os altos lucros pelo crescimento da atividade bancária numa altura em que os juros do banco central Europeu já recuaram e por isso, o contexto económico está mais controlado.

A libertação de provisões “excessivas” dos anos anteriores também contribuiu para esta soma de lucros, ou seja, foi libertado o dinheiro que tinha sido posto de lado para prevenir despesas na altura do disparo das taxas de juro do BCE e agora, esse dinheiro faz parte dos lucros.

O presidente da Caixa Geral de Depósitos, Paulo Macedo, disse que vão ser entregues ao Estado 1,5 mil milhões de euros em dividendos e IRC relativos a 2023 e 2024.

A margem financeira dos bancos também subiu ou seja a diferença entre o valor cobrado pelos bancos nos créditos e o que pagam na remuneração das poupanças aos clientes foi positiva, ao subir para 7 mil milhões de euros fazendo a comparação com 2023.

Ainda assim, esta foi uma subida mais tímida ao comparar com a margem financeira registada no ano passado na altura do pico dos juros.

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