Quarta-feira, Novembro 27

O Sporting ainda não sofreu nenhuma derrota nesta nova versão da Liga dos Campeões, mas nesta terça-feira, em Alvalade, perdeu, e perdeu bem, frente ao Arsenal, por 1-5. Era a estreia europeia de João Pereira no banco dos “leões”, mas não se pode dizer que tenha sido amarga, nem que tenha sido tudo mau. É que, depois do que aconteceu ao Manchester City, os “artilheiros”fez o jogo bem a sério, Mikel Arteta lançou o melhor “onze” e o Arsenal teve méritos em facilitar a própria vida. Quanto ao Sporting, simplesmente chegou atrasado ao jogo e, quando quis realmente, já não deu para muito.

Esta derrota, a abrir a segunda metade desta fase da Liga, não belisca as hipóteses do campeão português seguir para os oitavos-de-final, depois do que fez nos primeiros quatro encontros (três vitórias e um empate). Foi, sobretudo, uma dose de realismo para os “leões” e para o seu treinador, que está a começar – de facto, como João Pereira tinha dito no dia anterior, o Arsenal não era o Amarante, e o nível ia subir.

O resultado foi, sobretudo, um bom indicador do que aconteceu na primeira parte, em que o Sporting só fez o primeiro remate aos 43′. No mesmo período, o Arsenal já tinha feito dois gols e ainda iria fazer mais um. Era um arraso total dos “artilheiros”aos “leões”, que até nem eram tão diferentes do que costumavam apresentar com Rúben Amorim – Marcus Edwards foi, talvez, uma maior surpresa no “onze”, a ocupar um lugar que costuma ser de Pedro Gonçalves, homem do golo do meio-campo no Emirates, há dois anos.

Colocando as coisas de forma simples, o Arsenal entrou com tudo, o Sporting não chegou a entrar. Sempre a investirem pelo lado direito do ataque, os “artilheiros”chegou com facilidade ao gol, num índice bem medido de Timber para a emenda de Martinelli. Até aqui, tudo igual ao que aconteceu com o City – entrada difícil e, depois, segunda parte de sonho.

As semelhanças acabam aqui. Logo a seguir, foi Bukayo Saka, solicitado por Partey, quem furou pelo flanco e cruzou para Havertz fazer o 0-2, aos 22′. Eficácia total para domínio total e, do Sporting, ausência total. O tal remate aos 43′ (o primeiro no jogo) foi uma aventura de Geovany Quenda pelo centro e que David Raya, pelo sim, pelo não, desviou da sua baliza.

Mas o pesadelo do Sporting na primeira parte ainda não tinha acabado. De canto, Declan Rice meteu a bola na área e Martinelli, sem marcação, fez o 0-3 em cima do intervalo.

Como que a passar uma mensagem de confiança, João Pereira manteve o “onze” para a segunda parte e a estratégia desenvolvida durante alguns minutos. Aos 47′, após um canto pela direita, Gonçalo Inácio fez o 1-3 e relançou um pouco o jogo. Os “leões” viveram o melhor período, tiveram várias aproximações e Gyökeres, finalmente, tiveram algum espaço para correr.

Mas esta não era a noite do sueco e o balão do Sporting ficou vazio quando Bukayo Saka declarou em golo um penálti incidente de Diomande sobre Odegaard, aos 65′. E os “artilheiros”Ainda fez mais um, uma recarga vitoriosa de Trossard após uma defesa incompleta de Israel.

Teria sido diferente com Rúben Amorim no banco? Talvez, mas não é uma certeza. João Pereira teve o batismo europeu com uma derrota pesada apostando em princípios semelhantes e em nomes familiares e familiarizados uns com os outros. O Arsenal foi muito forte? Foi. Disso não há qualquer dúvida.

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