Quarta-feira, Dezembro 4

A Liga Portuguesa Contra o Cancro (LPCC) arrecadou mais de 1,9 milhões de euros no peditório deste ano e contou com a ajuda de 20 mil voluntários. Em declarações à agência Lusa, o presidente da LPCC, Vítor Veloso, explicou que o aumento no valor angariado este ano (1.916.943 euros) é de 17%, manifestando a satisfação da Liga com a solidariedade de quem contribuiu neste peditório, que decorreu ao longo de Novembro.

O responsável sublinhou que o sucesso desta iniciativa irá repercutir-se na vida das pessoas reforçadas pela instituição e que o valor deste ano “representa um apoio muito maior por parte da população portuguesa”, juntamente com uma grande mobilização de voluntários.

No peditório de 2023, a LPCC tinha angariado 1.633.944 euros, valor que se converteu no acompanhamento de 17.864 pacientes através da compra de medicamentos, próteses, transporte para consultas e tratamentos, e ainda o pagamento de renda de casa, de electricidade, de água e de alimentação dos doentes mais carenciados. Vítor Veloso destacou que parte do valor angariado também é utilizada em bolsas de investigação para jovens e para estágios de curta, média e longa duração no campo de oncologia.

“No ano passado existiram 15.154 consultas gratuitas de psicologia, o que dá conta que há um envolvimento cada vez maior dos nossos pacientes em relação às consultas e necessidade das consultas de psico-oncologia”, adiantou o presidente da LPCC.

Também no ano passado foi possível realizar o diagnóstico precoce de cancro da pele e da cavidade oral, detectaram-se 9914 situações em que existia um diagnóstico de probabilidade de cancro e acompanharam 6800 doentes em centros de dia e 310 em lares. A Liga realizou ainda em 2023 ações de sensibilização que envolveram 367.667 alunos, 2.406 profissionais de saúde, realizaram 27 conferências e 30 campanhas de prevenção.

Sobre o aumento de pedidos de apoio à instituição que se obtém neste ano, o presidente afirmou: “Não há dúvida de que a incidência do câncer continua a aumentar, mas há algo positivo, também se focaliza mais nos cânceres iniciais. Por outro lado, verificamos que há, do ponto de vista económico-social, um maior número de doentes que nos procuram”.

O peditório deste ano contou com a ajuda de cerca de 20 mil voluntários, devidamente identificados, que serviram a pedido junto de cemitérios, de igrejas, grandes superfícies, e também nas principais ruas e avenidas das cidades do país.

Portugal mantém uma alta incidência de cancro, com mais de 69 mil novos diagnósticos registados em 2022, segundo o Observatório Global do Câncer da Organização Mundial de Saúde. O cancro permanece como uma das principais causas de morbilidade, incapacidade e mortalidade no país, afectando várias dimensões da vida dos doentes, famílias e sociedade.

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