A segunda volta das eleições legislativas em França acontece este domingo, dia 7 de julho. O governo francês mobilizou 30 mil polícias e proibiu protestos.
No último dia de campanha para a segunda volta das eleições legislativas, em França, os candidatos fazem os últimos avisos e apelos ao voto. Apesar de ter caído nas sondagens, Marine Le Pen acredita numa maioria absoluta.
As últimas sondagens afastam a extrema-direita da maioria absoluta. A desistência de candidatos de centro e de esquerda parece ter tido o efeito pretendido de dificultar a eleição de deputados da União Nacional. Marine Le Pen fala em tentativa de desmobilizar os eleitores e reforça o apelo.
“A partir do momento em que não há maioria absoluta – e somos os únicos capazes de alcançar uma maioria absoluta – nenhuma lei será aprovada. Haverá um impasse. Os franceses vão sofrer muito”, afirmou a líder da União Nacional.
Perante a perspetiva de uma vitória da extrema-direita, o primeiro-ministro francês renova os avisos.
“O risco é uma maioria dominada pela União nacional, pela extrema-direita. Penso que isso é fatal e que seria terrível para o país, digo-o com toda a gravidade”, declarou Gabriel Attal.
O cenário de guerra civil vaticinado por Emmanuel Macron continua a ecoar na mente de muitos franceses. O governo francês mobilizou 30 mil polícias e proibiu concentrações.
“É provável que haja confrontos no domingo. Estão previstas manifestações em frente à Assembleia Nacional. Instruí as autoridades policiais para que fossem proibidas”, revelou o ministro francês do Interior, Gérald Darmanin.
O ministro revelou que, desde o início da campanha, foram detidas mais de 30 pessoas por atos de violência, mas não quis definir um perfil, afirmando que pertencem tanto à extrema-direita, como à extrema-esquerda ou a outros grupos políticos.
