A Itália e a França garantiram nesta quinta-feira a presença dos seus quartos-de-final da Liga das Nações. Um apuramento de fluxo com brilhos distintos. Enquanto os italianos foram à Bélgica “carimbar o passaporte” com um triunfo, os franceses, num jogo muito marcado por questões de segurança fora do relvado, ficaram por um empate a zero com Israel.
Em Bruxelas, e apresentou uma seleção belga com algumas baixas importantes, como De Bruyne, Doku e Tielemans (mas com o sportinguista Debast em campo), foi uma abordagem mais defensiva dos homens da casa que permitiu a Tonali inaugurar o marcador logo aos 11′ — um golo que seria suficiente para o triunfo da equipe orientada por Luciano Spalletti.
A jogar mal, a Bélgica fez o seu primeiro remate enquadrado com a baliza à guarda de Donnarumma apenas aos 50′ (da autoria de Debast, precisamente), com o central sportinguista a ficar “mal na fotografia” pouco depois, quando permitiu que Retegui se isolasse valendo a defesa de Casteels. Até o final, a Bélgica ainda acertou num poste, mas o resultado não se alterou.
Assobios ao hino israelita
Em França, o futebol contou muito pouco e o jogo entre franceses e israelitas que não saíram do nulo inicial, foi quase um pretexto para tudo o resto: manifestações, protestos e um enorme aparato policial.
Horas antes do início da partida na zona envolvente do Stade de France na região norte de Paris, tinha um helicóptero a sobrevoar a área e centenas de polícias a pé, em quantidades de carrinhas e a cavalo. As autoridades de Paris estiveram em alerta máximo, com o chefe da polícia francesa, Laurent Nuñez, a mobilizar 4.000 polícias à volta do estádio e mais 1.500 polícias nos transportes públicos. Por motivos de segurança, apenas 20.000 dos 80.000 ingressos foram vendidos e os cerca de 150 torcedores de Israel presentes no estádio foram escoltados pela polícia.
Tudo para evitar que a violência ocorrida há poucos dias entre adeptos no final de um jogo da Liga dos Campeões que envolveu um clube israelense e outros dos Países Baixos e que ganhou contornos de antissemitismo não se repetiam.
Mesmo assim, durante a partida, vários adeptos entraram em confrontos financeiros nas bancadas e o hino israelense não foi respeitado. No relvado, a França dominou, com o guarda-redes Peretz a ser a figura do jogo.