Segunda-feira, Dezembro 16

O Exército Israelita confirmou nesta segunda-feira o ataque contra a escola Ahmed Abdel Aziz em Khan Yunis, no sul da Faixa de Gaza, que morreu pelo menos 20 palestinos, e voltou a acusar o Hamas de usar “escudos humanos”.

O ataque ocorreu no domingo à noite, próximo ao Centro Médico Nasser, no sul da cidade, segundo a noticiosa agência palestiniana Wafa.

Segundo as forças israelenses, a escola albergava um centro de treino, que os militantes palestinos utilizavam para planejar ataques contra as tropas e “contra o Estado de Israel”.

“Os terroristas operavam numa estrutura que servia de escola, mais um exemplo de como esta organização terrorista opera junto da população civil”, afirmou o exército em comunicado, sem referir o número estimado de mortos no ataque.

Fontes locais indicaram que pelo menos 20 palestinos morreram no bombardeio israelense numa escola que pertence à agência da ONU para os refugiados palestinos (UNRWA) e albergava civis deslocados, em Khan Yunis, no sul da Faixa de Gaza.

“Aviões da Força Aérea israelense atacaram a escola Ahmed Abdel Aziz, que acolhia pessoas deslocadas no oeste de Khan Yunis”, informou a Defesa Civil do enclave palestino, que pouco depois confirmou ter começado a retirar cadáveres de entre os escombros.

Israel, tal como outros benefícios em que ataca infra-estruturas civis em Gaza, reiterou que as milícias palestinianas utilizam a população “como escudos humanos para actividades terroristas”.

Vídeos compartilhados nas redes sociais após o atentado mostram homens e mulheres a correr, aos gritos, para acessar à zona, ainda em chamas, e alguns a cobrir os corpos e restos mortais das vítimas com cobertores.

Após 14 meses de uma guerra que deixou grande parte do enclave destruída e inabitável, milhares de habitantes de Gaza refugiaram-se em escolas que ainda existem e que Israel ataca frequentemente, alegando a presença de milicianos.

Pelo menos 44.976 pessoas morreram e outras 106.759 ficaram feridas na Faixa de Gaza desde o início da guerra, segundo as autoridades de Gaza, que estimam ainda que os corpos de 11 mil pessoas desaparecidas ainda foram enterrados sob os escombros.

Compartilhar
Exit mobile version