O presidente da Câmara de Constância disse que um grupo de investidores portugueses apresentou uma proposta de compra da fábrica Tupperware à empresa norte-americana, no dia 26 de dezembro, e que aguardam uma resposta.
“Sei que um grupo empresarial apresentou uma proposta para comprar tudo, instalações e maquinaria, podendo manter, se não todos, pelo menos alguns dos trabalhadores e que está a aguardar resposta”, disse Sérgio Oliveira.
Segundo o autarca, “a licença de produção termina hoje”, tendo indicado que na quinta-feira “as novidades sobre o futuro serão comunicadas aos trabalhadores pelo diretor da fábrica”.
Sem conhecer a posição da empresa em relação a estes movimentos, apesar do pedido de informação da Lusa, a fábrica da Tupperware localizada em Montalvo não fechará portas, conforme anunciado, e manterá actividade por mais alguns dias para dar cumprimento a encomendas, no entanto, o futuro da 200 trabalhadores permanece incerto.
“A reunião agendada com [the factory] gestão de terça-feira foi adiada para quinta-feira [January 9] por isso vamos continuar a trabalhar nos próximos dias, provavelmente até quinta-feira, dia 16, para cumprir as encomendas”, disse hoje à Lusa um trabalhador da empresa, dizendo que o encerramento da fábrica “foi adiado”, mas que “está inevitável”.
Segundo a mesma fonte, a fábrica “está a funcionar normalmente e em todos os sectores (armazém, resposta a encomendas e escritórios) com a intenção de satisfazer as encomendas através dos stocks existentes” na fábrica, que serão “abundantes”, estando apenas parados, desde o mês passado, o setor produtivo.
A fábrica multinacional Tupperware em Portugal, a funcionar desde 1980 na freguesia de Montalvo, dependia 100% da matriz norte-americana.
O pedido de insolvência da empresa-mãe tem consequências diretas para a unidade portuguesa e poderá deixar à saída os 200 trabalhadores que ali trabalham, a maioria dos quais residentes em Montalvo.
