Domingo, Outubro 20

Chazz Palminteri marcou presença na primeira edição europeia do Tribeca Festival, nos dias 18 e 19 de outubro, em Lisboa.

 

Em conversa com os jornalistas, no sábado, o ator falou da importância do trabalhou árduo.

“O meu pai dizia que a pior coisa do mundo é talento desperdiçado”, começou por explicar.

Ao Notícias ao Minuto revelou: “Às vezes dizem-me ‘sou escritor’ e eu pergunto ‘mas escreves?’, ‘bem… não’. Então não és um escritor. Se quiseres ser escritor, tens de escrever. Os escritores escrevem, os atores representam. Tens de fazer. Independentemente do que queiras fazer, não digas, faz. É fácil ser-se um falhado porque basta não fazer nada. Mas, para se ser um sucesso, é muito difícil. Tens de trabalhar muito. E ainda é mais difícil quando se chega ao sucesso porque não tens de trabalhar tão arduamente, mas a ideia é continuar a trabalhar de forma árdua”.

O ator tem o hábito de incentivar novos talentos que o abordam. Aos jornalistas contou: “Se estiver a andar na rua e alguém me parar em Nova Iorque e me pedir um conselho, eu paro e falo dois minutos. São dois minutos da minha vida e que podem marcar esta pessoa para o resto da vida. Eu ando sempre com um cartão na minha carteira que diz ‘A coisa mais triste na vida é talento desperdiçado’. Vêm ter comigo, dizem que querem ser atores ou escritores, eu escrevo o nome da pessoa, ofereço-lhe o cartão e digo ‘Não desperdices a tua vida’. E, às vezes, anos mais tarde, encontro pessoas que me dizem ‘Há oito anos ofereceu-me este cartão, e agora estou numa telenovela. Quero agradecer-lhe'”.

© Notícias ao Minuto

Depois de mostrar aos jornalistas o cartão que tinha na carteira, Chazz Palminteri admitiu ainda adorar escrever peças de teatro e estar a pensar escrever outra peça da Broadway.

“O teatro é onde começou tudo. E o melhor do teatro é que não podem mudar uma palavra, não podem mudar nada. No teatro, o escritor é o rei. No cinema, o realizador é o rei, na televisão é o produtor executivo. Eu pago os filmes que faço porque não quero ninguém a dizer-me para cortar alguma coisa.”

“E muita gente me pede para rever textos, porque sou conhecido por ser exigente. Só duas ou três vezes é que vi guiões que não precisavam de nada. Foram: ‘Os Condenados de Shawshank’, ‘Green Book – Um Guia Para a Vida’, e ‘O Resgate do Soldado Ryan’”, contou.

Depois de admitir que o papel que mais o marcou foi o do juiz Giovanni Falcone, em ‘Excellent Cadavers’, falou da paixão por Portugal, nesta sua primeira visita ao país: “As pessoas são maravilhosas, tão acolhedoras. Portugal é uma joia, é um tesouro escondido. A maior parte dos americanos, quando vai de férias e vem para a Europa vem para Itália, Paris, Alemanha, Suíça, mas ninguém vem para Portugal. E estou a pensar ‘Estão malucos? Este sítio é espetacular’. O tempo é óptimo, imenso sol, esta costa toda, óptima comida. Eu vou voltar com a minha família, sem dúvida”.

O ator confessou ainda que o seu prato favorito são sardinhas, que adora comer de todas as maneiras, e que ficou “super entusiasmado” quando soube que vinha a Portugal, por ser “a capital do mundo das sardinhas”. No entanto, num jantar que elogiou intensamente, no restaurante Solar dos Presuntos, não lhe serviram sardinhas por “já não estarem na época”.

Quando questionado pelo Notícias ao Minuto sobre se conheceu artistas portugueses durante o festival, Palminteri respondeu: “Sim, conheci imensos atores espetaculares, não me lembro de todos os nomes, mas pessoas e atores ótimos. A Victória Guerra, por exemplo”.

Criado há 22 anos pelo ator norte-americano Robert De Niro e pela produtora Jane Rosenthal, o Tribeca Festival teve a sua primeira edição europeia no Beato Innovation District, em Lisboa, durante os dias 18 e 19 de outubro.

Neste segundo dia, Carlos Moedas e Francisco Pedro Balsemão anunciaram que Lisboa recebe a segunda edição do evento no próximo ano.

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