Após cinco dias de intensos combates aos incêndios, a ministra da Administração Interna, Margarida Blasco, decidiu finalmente falar ao país. Escolheu fazê-lo a partir da sede da Autoridade Nacional de Proteção Civil, porém, evitou responder a perguntas sobre se ainda confia nos responsáveis da Proteção Civil.
Na conferência de imprensa desta quinta-feira, a ministra justificou o seu silêncio alegando que “as boas práticas” a aconselharam a agir dessa forma, e que o primeiro-ministro já tinha falado por todo o governo após o Conselho de Ministros extraordinário.
Durante a sua declaração, Margarida Blasco desfiou uma cronologia dos últimos dias, sem abordar diretamente questões sobre a liderança da Proteção Civil.
Em resposta às críticas por não ter atendido um pedido de contacto de um autarca de Arouca, a ministra afirmou que lhe foi dado um número errado, e que o Secretário de Estado já tinha falado com todos os autarcas.
A responsável pela pasta da Administração Interna anunciou também que a primeira reunião da equipa de investigação criminal ocorrerá na próxima segunda-feira e concluiu com um agradecimento à população, elogiando a sua resiliência.
