Em reação à mensagem de Natal do primeiro-ministro e líder do PSD, Carlos Coelho elogiou o discurso de Luís Montenegro e destacou o seu discurso “de esperança para o futuro próximo”.
“Portugal tem, comparativamente a outros países, um património de imagem de segurança que temos que preservar, temos que respeitar e temos que manter”, afirmou Carlos Coelho, respondendo a perguntas dos jornalistas sobre a polémica operação policial no Martim Moniz.
“Portugal é um Estado democrático baseado no Estado de direito. Não são os partidos nem o governo que decidem quando as operações policiais são necessárias, são as forças de segurança com base nas análises de risco e nos dados que possuem”, disse Carlos Coelho.
A operação policial da semana passada teve como objetivo fiscalizar a Rua do Benformoso, em Lisboa, onde há muitos imigrantes e o Chega já afirmou que o governo está a seguir a política que o partido defende.
Porém, para Carlos Coelho, “os partidos da oposição criticam sempre o governo, ou criticam tudo ou dizem que está a seguir a sua política”.
Sobre a mensagem de Luís Montenegro, Carlos Coelho destacou que o discurso de Natal “reflete o que o Governo tem feito, com particular destaque para a aprovação do Orçamento do Estado, que é o primeiro em muitos anos que não tem aumento de impostos”.
Mensagem do PM
É, afirmou, “uma declaração que, em vez de olhar para o passado, olha para o futuro com uma mensagem de esperança”.
Na mensagem de Natal Luís Montenegro defendeu que 2024 foi “um ano de viragem e de mudanças” e garantiu que a “nova política de redução de impostos e de valorização de salários e pensões” está a ser executada “com rigor e equilíbrio fiscal”.
Na sua primeira mensagem de Natal como primeiro-ministro, Luís Montenegro inclui entre as suas prioridades para o futuro a promoção da “imigração regulamentada” e o combate ao crime – sem ligar as duas questões –, a par do reforço dos serviços de saúde, da educação, dos transportes e do execução do “maior investimento em habitação popular desde a década de 90”.
O primeiro-ministro garantiu que Portugal “é uma referência de estabilidade e um país de oportunidades” num “mundo em turbulência” e “numa Europa apreensiva com a estagnação da Alemanha e com o défice e a dívida de França”.
Melhorar os transportes públicos e implementar “o maior investimento em habitação pública” desde a década de 1990 foram outras promessas, numa mensagem que também se referia às políticas de imigração e segurança.
“Promoveremos a imigração regulamentada para acolher aqueles que optam por viver e trabalhar no nosso país com dignidade e humanismo”, afirmou Montenegro.