Sexta-feira, Outubro 25

O Presidente da Iniciativa liberal afirmou hoje, em declarações à comunicação social numa visita a uma feira que decorre na Exponor, em Matosinhos, que “os políticos não estão acima da lei” e, por isso, devem “responder pelos seus atos e palavras”. 

 

Rui Rocha vai mais longe, dizendo que “André Ventura tem feito uma espécie de judicialização política”, dando o exemplo da intenção de acusar o Presidente da República de traição à pátria e propor um processo crime ou quando o líder do Chega disse para “apresentar provas de uma fábula que  criou sobre reuniões e acordos com o Governo, o próprio disse para o primeiro-ministro o processar”, acusando-o de usar a judicialização política “quando lhe convém”.

O líder do partido salientou que o mais importante “é a dimensão política e é nessa” que se concentra, apelando a que “os órgãos de investigação façam o seu trabalho e decidam o que tiverem de decidir”. 

Acusa ainda que “aquilo que ouvimos [do Chega] é próprio de quem deseja um estado totalitário”. Assume que “os polícias têm de ser respeitados” e que há “enormes dificuldades no contacto com a população”, no entanto, é preciso “agir com proporcionalidade para repor a ordem pública”. 

Rui Rocha acrescenta também que “não podemos ter uma polícia que atua indiscriminadamente porque isto caracteriza os estados totalitários”, assumindo que “está tão errado quem diz que a polícia pode fazer tudo o que quiser e que tem sempre razão”, deixando ainda uma crítica ao Bloco de Esquerda (BE) quando diz que “a polícia nunca tem razão e que há sempre motivos racistas para qualquer atuação”. 

O liberal defende que o país “precisa de serenidade, bom senso e sentido de estado”, isto é, “a polícia tem de atuar quando é devido dentro da sua proporcionalidade necessária”. 

“Quando se diz que a polícia deve atirar mais para matar, quando diz que alguém está a ser investigado. Eu espero, sinceramente, que o polícia em causa tenha atuado dentro da lei porque todos ficaremos mais descansados a tudo o que se passa no país”, acrescenta. 

O presidente da Iniciativa Liberal acusou ainda André Ventura de querer condecorar alguém que “está ainda a ser investigado”, dizendo que “se está a comportar como um pirómano e que quer mais pólvora neste barril”.

Terminou dizendo que “precisamos do contrário: tranquilidade e bom senso”. 

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