Quarta-feira, Janeiro 15

“Com o tempo, gostaríamos de ter um caminho para uma maioria [position] porque daria ao negócio a possibilidade de crescer sem investimento de outros acionistas”, afirmou o diretor do IAG, Jonathan Sullivan, num encontro com jornalistas portugueses em Dublin, na Irlanda.

O responsável acrescentou que este interesse numa posição maioritária na TAP já foi manifestado ao Governo português, estando agora o grupo à espera de saber as condições do negócio. “Não sabemos se vamos participar ou não, depende das condições”, destacou Jonathan Sullivan.

O Governo reuniu-se recentemente com os interessados ​​na compra da companhia aérea portuguesa, no âmbito do processo de reprivatização preparado pelo anterior executivo socialista, que o pretendia concluir em 2024, mas que foi suspenso com a mudança de Governo.

Além do IAG, os grupos europeus Lufthansa e Air France-KLM também manifestaram publicamente interesse no negócio.

O ministro das Infraestruturas, Miguel Pinto Luz, disse em entrevista ao Público que a reprivatização iria acelerar após a aprovação do Orçamento do Estado no final de novembro, acrescentando que há consenso sobre a privatização, mas não sobre a percentagem a vender.

O diretor do IAG destacou que o negócio da TAP é interessante por “muitas razões”, como o ‘hub’ (plataforma de distribuição de voos), que considerou “um tremendo trunfo”, a conectividade com a América Latina e a América do Sul e Norte, que permitiria ser “um bom complemento” às operações das empresas que compõem o grupo IAG, como a Aer Lingus.

A transportadora de bandeira irlandesa foi comprada pela IAG em 2015, num processo que suscitou algumas preocupações por parte do Governo, que manteve uma participação e impôs condições como a manutenção da marca, o hub de Dublin e a conectividade com Londres – Heathrow.

“[The Portuguese Government] é muito semelhante ao irlandês e encorajamos que, porque tem sido bom para a população, é bom que o Governo esteja envolvido com interesses estratégicos, como o irlandês tem estado”, apontou o responsável do IAG.

“[If we buy,] queremos que a TAP continue orgulhosamente portuguesa”, destacou o administrador.

Questionado sobre as preocupações relativamente ao fim do hub da TAP em Lisboa, devido à proximidade com o hub da Iberia em Madrid, outra companhia aérea do grupo de aviação, Sullivan garantiu que o interesse do grupo, caso avance com a compra, é desenvolver os dois. centros’.

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