Quinta-feira, Outubro 17

Em declarações à agência Lusa no último dia do período de apresentação de candidaturas ao Grupo de Coordenação Local do Núcleo Territorial dos Açores da Iniciativa Liberal, Hugo Almeida referiu que um dos seus principais objetivos é fazer crescer o partido em termos de simpatizantes e militantes, através de “muito diálogo com a população”.

 

O plenário eletivo da estrutura regional, atualmente liderada por Nuno Barata, realiza-se em 01 e 02 de novembro na ilha Terceira. Até hoje de manhã não foi apresentada outra lista, disse à Lusa fonte partidária.

A lista de Hugo Almeida, membro cofundador do núcleo em 2020, é composta por Venício da Costa Ponte, Diogo Pimentel, Carlos Martins, Luís Lopes, Helga Nunes, Vasco Brandão e Pedro Lopes.

Hugo Almeida candidatou-se às duas últimas eleições à Assembleia Legislativa dos Açores (a mais recente em fevereiro deste ano) pelo círculo eleitoral de São Miguel, às legislativas nacionais de 2022 pelo círculo dos Açores e, em 2021, à Assembleia Municipal de Ponta Delgada.

“Temos um trabalho e uma batalha cultural muito grande para fazer. Ainda existe muito a mentalidade de que o liberalismo não funciona nesta região”, afirmou o liberal, que tem como missão “difundir as ideias liberais”.

O candidato referiu que o partido não se “vai desviar das linhas condutoras” que a atual liderança regional tem vindo a assumir: “não há nenhum descontentamento, nem fissura ou divisão”, sendo está uma “candidatura maioritariamente de continuidade do excelente trabalho que tem vindo a ser desenvolvido pela liderança de Nuno Barata”.

O atual dirigente deverá, segundo o candidato, manter-se como parlamentar (é o deputado único da IL).

Questionado sobre o sentido de voto do partido no parlamento dos Açores na discussão do Plano e Orçamento de 2025, Hugo Almeida afirmou desconhecer em concreto o documento, mas sublinhou que, “para ser bom, tinha que refletir o que se está a passar” no arquipélago.

No seu entendimento, do que foi já divulgado, “continua a ser um orçamento de despesismo, de aumento da dívida pública”, sem haver “um mínimo cuidado nos cortes e nas despesas públicas e no rumo do endividamento que a região está a seguir”.

A IL/Açores tem vindo a defender a implantação de uma política de endividamento zero nas nove ilhas.

Hugo Almeida compromete-se a “continuar a lutar pela redução da dívida pública, pela diminuição das despesas eleitoralistas do Estado, pela melhoria da gestão das empresas públicas, pela desburocratização e descentralização de processos”, bem como pela “tão necessária despartidarização da administração pública”.

A Lusa tentou obter uma declaração do atual líder e deputado da IL/Açores, mas até ao momento sem sucesso.

O parlamento açoriano é composto por 57 deputados: 21 do PSD, 22 do PS, cinco do Chega, dois do CDS-PP, um do PPM, um do IL, um do BE e um do PAN. O executivo PSD/CDS-PP/PPM governa sem maioria absoluta.

No ano passado, o chumbo do Plano e Orçamento para 2024 motivou a dissolução do parlamento regional, pelo que foram realizadas eleições antecipadas.

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